terça-feira, 14 de setembro de 2010

In Exaltatione Sanctæ Crucis

Hoje a Santa Igreja celebra a solenidade da Exaltação da Santa Cruz. Certamente a cruz de Nosso Senhor é o maior escandalo para o mundo. Basta ver os modernistas que têm um verdadeiro repúdio pela cruz salvadora de Jesus e tentam de todas as formas descaracterizar o imenso mistério de nossa salvação. Trazemos aqui algumas meditações feitas pelos santos da Igreja acerca do sacrifico redentor de Nosso Senhor. Para os santos a meditação da paixão e morte de Jesus era a fortaleza na luta contra as falsidades do mundo. Que assim também aconteça conosco.

Santo Afonso de Ligório:
  
“Alma devota, se queres crescer sempre mais na virtude e de graça em graça, procura meditar todos os dias a Paixão de Jesus Cristo”. Isto é de S. Boaventura, e acrescenta: “Não existe exercício mais apropriado para santificar a tua alma que a meditação dos sofrimentos de Jesus Cristo”. E S. Agostinho diz “que vale mais uma lágrima derramada em memória da Paixão de Cristo que fazer uma peregrinação a Jerusalém e jejuar a pão e água durante um ano”.

Santa Teresinha do Menino Jesus:

“O canto do sofrimento unido aos Seus sofrimentos é aquilo que mais cativa o Seu coração.
Jesus arde de amor por nós…! Olha a Sua Face adorável…! Olha os Seus olhos apagados e baixos…! Olha essas chagas… Olha a Face de Jesus… Ali verás como nos ama”.

São JoseMaria Escrivá: 

“Na meditação, a Paixão de Cristo eleva-se além do limite frio da história ou a piedosa consideração, para se apresentar diante dos olhos, terrível, aflitiva, cruel, sangrenta…, cheia de Amor... E sente-se que o pecado não se reduz a uma pequena “falta de ortografia”: é crucificar, pregar com marteladas as mãos e os pés do Filho de Deus, e fazer-lhe saltar o coração.

 São Paulo da Cruz:

“A recordação da Paixão Santíssima de Jesus Cristo e a meditação das Suas virtudes… conduzem a alma à união íntima com Deus, ao recolhimento interior e à contemplação mais sublime...
A Paixão de Jesus Cristo é a obra mais maravilhosa do Amor de Deus.
A Paixão de Jesus Cristo é o melhor meio para levar as almas à conversão, até mesmo as mais empedernidas.
Conservem cuidadosamente a piedosa recordação dos sofrimentos do Filho de Deus e viverão eternamente.
O caminho mais rápido para chegar à santidade cristã é o de se perder, totalmente, no oceano dos sofrimentos do Filho de Deus.
No imenso oceano da Paixão de Jesus Cristo a alma cristã pesca as pérolas preciosas de todas as virtudes

e faz seus os sofrimentos do seu amado Bem."

São Pedro de Alcântara: 

"São seis as coisas que se devem meditar na Paixão de Cristo: A grandeza das Suas dores, para nos compadecermos delas. A gravidade do nosso pecado, que é a sua causa, para o detestarmos. A grandeza do benefício, para o agradecer. A excelência da Divina bondade e caridade, que se descobre nela, para a amar. A conveniência do mistério, para se maravilhar dele. E a multidão das virtudes de Cristo, que resplandecem nela, para as imitar.
De acordo com isto, quando vamos meditando devemos ir inclinando o nosso coração, umas vezes compadecendo-nos das dores de Cristo, pois foram as maiores do mundo, quer pela delicadeza do Seu Corpo, quer pela grandeza do Seu Amor, como também por padecer sem nenhuma forma de consolação, como está dito noutra parte.
Umas vezes, devemos ter em atenção o tirar desta motivos de dor pelos nossos pecados, considerando que eles foram a causa de que Ele padecesse tantas e tão graves dores como padeceu. Outras vezes, devemos tirar dela motivos de amor e agradecimento, considerando a grandeza do Amor que Ele através dela nos manifestou e a grandeza do benefício que nos fez redimindo-nos tão copiosamente, com tanto suor da sua parte e tanto proveito para nós"

São Francisco de Sales:

A Paixão de Nosso Senhor é o motivo mais doce e mais forte que pode mover os nossos corações nesta vida mortal… lá em cima, na glória, depois do motivo da Bondade divina conhecida e considerada em si mesma, e da morte do Salvador será o mais poderoso, para arrebatar o espírito dos Bem-aventurados no Amor de Deus.




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