segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Good Bye Cardeal Mahony !

Noticiamos com grande alegria a aposentadoria oficial do Cardeal-Arcebispo de Los Angeles Roger Mahony, um dos bispos mais pregressistas que o mundo já viu. Responsável pelas maires bizarrices liturgicas imagináveis, apoiador do feminismo ativo, responsável por acobertar casos de abusos contra menores e outras coisas mais. 
Rezemos pelo novo Arcebispo de Los Angeles Dom José Gomes, que é membro a Prelazia do Opus Dei, muito alinhado ao pensamento de Bento XVI e apoiador da Missa Tradicional.

GOOD BYE CARDINAL MAHONY!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Igreja Católica na Alemanha corre sério risco de um cisma generalizado

Mais de duzentos teólogos progressistas do mundo germanófono reclamam a reforma da Igreja Católica, em que os leigos poderiam intervir na nomeação dos Bispos, em que homens casados teriam a possibilidade de ser padres e em que os homossexuais e divorciados recasados teriam acesso aos Sacramentos. São apoiados por numerosas associações católicas, e o episcopado alemão anda longe de condenar as suas propostas. Se bem que estes teólogos se oponham frontalmente ao ensinamento e à disciplina católicas, presume-se que estão sempre “em comunhão” com Roma. Eis uma presunção que borda a temeridade!
Na Alemanha, políticos cristão-democratas desejam igualmente que homens casados possam ser ordenados, para tentar colmatar a queda vertiginosa do número de padres nas paróquias. Encaram até que essa possibilidade seja excepcionalmente concedida ao seu país, dado o estado de grande “perigo pastoral” em que se encontra. O Cardeal Walter Brandmüller, antigo Presidente da Comissão Pontifícia das Ciências Históricas, declarou que este pedido está muito próximo do cisma, pois conduziria à constituição de uma Igreja nacional.
Com efeito, esvoaça sobre todas estas reivindicações uma suspeita de cisma. Não uma ligeira impressão, como vestígio de leite numa chícara de chá, mas uma bem pesada suspeita de cisma, como nuvem ameaçadora no céu da Igreja.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A decadência da Fé Católica evidenciada em Assis, por Padre Paul Aulagnier, IBP

Em 1º de janeiro de 2011, por ocasião da oração do Angelus, o Papa Bento XVI anunciou sua intenção de renovar a cerimônia inter-religiosa de Assis, de 27 de Outubro de 1986:
No próximo mês de Outubro, irei como peregrino à cidade de são Francisco, convidando os irmãos cristãos das diferentes confissões, os expoentes das tradições religiosas do mundo e, idealmente, todos os homens de boa vontade, a unir-se neste caminho com o objetivo de recordar aquele gesto histórico desejado pelo meu Predecessor e de renovar solenemente o empenho dos crentes de cada religião a viver a própria fé religiosa como serviço para a causa da paz”.
Ele já o havia anunciado em sua mensagem para a Paz para o ano 2011, intitulada: “A liberdade religiosa, caminho para a Paz”. Escreveu: “Em 2011, tem lugar o 25º aniversário da Jornada Mundial de Oração pela Paz, que o Venerável Papa João Paulo II convocou em Assis em 1986. Naquela ocasião, os líderes das grandes religiões do mundo deram testemunho da religião como sendo um factor de união e paz, e não de divisão e conflito. A recordação daquela experiência é motivo de esperança para um futuro onde todos os crentes se sintam e se tornem autenticamente obreiros de justiça e de paz.
Sabemos, no entanto, que o Papa Bento XVI, enquanto ainda Cardeal, não quis assistir a esta “jornada de orações inter-religiosas para a paz”, devido ao risco de sincretismo em uma tal jornada. Ele também desejou, desde que está sobre a sede de Pedro, duas vezes, dar precisões sobre esta jornada, talvez nessa perspectiva de aniversário.
Em uma mensagem dirigida ao bispo de Assis, em 2 de Setembro de 2006, escrevia: “Para que não haja dúvidas acerca do sentido de quanto, em 1986, João Paulo II quis realizar, e que, com uma sua expressão, se costuma qualificar como “espírito de Assis”, é importante não esquecer a atenção que então foi dada para que o encontro inter-religioso de oração não se prestasse a interpretações sincretistas, fundadas numa concepção relativista. [...] Por isso, mesmo quando nos encontramos juntos a rezar pela paz, é necessário que a oração se realize segundo aqueles caminhos distintos que são próprios das várias religiões. Esta foi a escolha de 1986, e tal escolha não pode deixar de ser válida também hoje. A convergência do que é diverso não deve dar a impressão de uma cedência àquele relativismo que nega o próprio sentido da verdade e a possibilidade de a obter”.
Mas, como simples observação: ele não rezou com os judeus e rabinos da sinagoga de Roma por ocasião de sua última visita? Umas são palavras. Outras as atitudes.
E, em visita a Assis, em 17 de junho de 2007, o Papa declarou, outra vez, em sua homilia: “A escolha de celebrar aquele encontro em Assis era sugerida precisamente pelo testemunho de Francisco como homem de paz, para o qual muitos olham com simpatia também de outras posições culturais e religiosas. Ao mesmo tempo, a luz do Pobrezinho sobre esta iniciativa era uma grande garantia de autenticidade cristã, dado que a sua vida e a sua mensagem se baseavam tão visivelmente sobre a escolha de Cristo, que rejeitavam a priori qualquer tentação de indiferentismo religioso, que em nada se relacionaria com o autêntico diálogo inter-religioso. [...] Não poderia ser atitude evangélica, nem franciscana, não conseguir conjugar o acolhimento, o diálogo e o respeito por todos com a certeza de fé que cada cristão, do modo como o Santo de Assis, é obrigado a cultivar, anunciando Cristo como caminho, verdade e vida do homem (cf. Jo 14, 6), único Salvador do mundo”.
As intenções de Bento XVI são nítidas e honestas… mas não podem impedir, de jure, o risco de sincretismo, relativismo e indiferentismo. Como disse muito bem Romano Amerio, em seu livro “Stat Veritas”, “Não são mais do que palavras… não se pode promover o sincretismo e em seguida advertir que é necessário ter cuidado para evitar evitar o sincretismo” (p. 139).
Não é, tampouco, porque esta reunião ocorre em Assis, onde o Poverello imprimiu sua marca de sua entrega a Cristo, que esta reunião é, de si, garantida por uma justa ortodoxia. É possível ser infiel em Assis.
Além disso, em 27 de outubro de 1986, com João Paulo II, talvez, desejou-se ter “atenção para que o encontro inter-religioso de oração não se prestasse a interpretações sincretistas”, procurando que “a oração se realize de acordo com os caminhos distintos que são próprios das várias religiões”. Talvez tenha sido um desejo leal. Tal desejo não foi e não pôde ser realizado, de modo que é possível falar, a justo título, de jornada pan-cristã de Assis ou de “a ilusão pan-cristã de Assis”.
Com efeito, em Assis, no dia 27 de outubro de 1986, os católicos não rezaram como, por sua vez, os “representantes das outras religiões”, de acordo com os seus próprios ritos e na plena “expressão de sua própria fé”, como deixa entender Bento XVI, mas reuniram-se em “oração ecumênica” com “representantes das confissões e comunidades cristãs” na catedral de São Rufino. Isso foi claramente afirmado pelo Osservatore Romano de 27-28 de outubro de 1986. Lá, o Papa, despojado de toda insígnia de sua primazia, pôs em marcha, sempre na sua qualidade de anfitrião — como será Bento XVI, em 27 de outubro próximo –, uma celebração tipicamente protestante com leitura de passagens da Bíblia, mesclada com cantos e sendo concluída pela “oração universal”, aquela “de toda a Igreja”. Encontrareis este testemunho no Osservatore Romano citado, na página 3.
A saudação dirigida à assembléia, lida pelo “anfitrião” João Paulo II, falou, sem dúvida, das “graves questões que ainda nos separam”. Mas disse também que “o grau atual de nossa unidade em Cristo é, não menos, um sinal para o mundo de que Jesus Cristo é realmente o Príncipe da Paz”. Mais ainda, concluiu que a oração pela paz “deve fazer crescer em nós o respeito de uns pelos outros como seres humanos, como Igrejas e comunidades eclesiais” (Ibid, e DC.n° 1929 do 7 de Dezembro de 1986).
Nenhuma outra distinção, que não seria justificada por seu papel “anfitrião”, foi reconhecida ao Papa pelo cerimonial ecumênico. O que escandalizaria de tal modo Dom Lefebvre que veria ali uma injúria ao Vigário de Cristo. E ainda, a oração final dos “pan-cristãos” na praça da basílica menor de São Francisco foi iniciada por uma mulher “pastora”, enquanto o Papa era apenas o quartoentre tanto sábios”.
Inoportunamente, no dia seguinte do “encontro de Assis”, o Cardeal Etchegaray declarava: “Para mim, a oração da Igreja cristã na catedral de São Rufino foi o momento, o tempo forte, de toda a jornada… A qualidade e a intensidade desta oração foi aquela em que todos pareciam iluminados como que por uma nova efusão comum do Espírito Santo”. Ele se exprimia assim “ridícula, sentimentalmente” no jornal Avvenire, de 2 de novembro de 1986. Recordamos que ele foi o grande organizador da jornada de Assis. É forçoso reconhecer que, na Babel de Assis, os Cardeais e o próprio Papa, de fato, não representaram a Igreja Católica, mas a “Igreja cristã”, englobando aí os não católicós. E quem eram aqueles que compunham esta “Igreja cristã”, que teria tido seu Pentecostes em Assis, segundo a declaração do Cardeal Etchégaray? As “diversas Igrejas e confissões que têm Cristo por fundamento”, explicava-nos o Osservatore Romano, de 27-28 de outubro de 1986. Na prática: a igreja ortodoxa, as “igrejas” reformadas e a Igreja Católica. Evidentemente, esta “Igreja cristã” não era a Igreja Católica, mas uma super-igreja que ultrapassa e inclui a própria Igreja Católica, do mesmo modo que as outras supostas “igrejas”. Que eclesiologia!
Com efeito, a oração da “Igreja cristã” em Assis não foi a da Igreja Católica, cuja fé se exprime plenamente na Santa Missa, “sacrifício verdadeiro e autêntico”, como ensina o santo Concílio de Trento contra os autores dessas “confissões e comunidades cristãs” reunidas com os católicos em São Rufino. Logo pela manhã de 27 de outubro o Papa João Paulo II celebrou o rito da nova missa, em Perugia, antes de se dirigir a Assis, cujo cerimonial foi ecumenicamente misturado com o de seus “irmãos separados” — e isso Bento XVI, apesar da sua intenção, não poderá fisicamente evitar — para rezar “ecumenicamente” com eles e “sem triunfalismo”, despojado da dignidade do Vigário de Cristo, esquecendo que a Igreja Católica não é senão uma com Cristo, que deve reinar eternamente sobre todas as coisas, todos os bens e todos os seres. Isso lhe cabe de direito divino. Mas isso não poderá ser confessado pelo Papa. No entanto, é sua função!
E mais ainda, em Assis, a Igreja Católica foi posta não no nível das falsas religiões, que dizem-se cristãs ou não, mas abaixo delas. Recorde-se que o Cardeal Etchégaray permitiu a todos “se exprimir na plenitude de sua própria fé” (CD de 7-21 de setembro de 1986), mas isso não foi permitido aos católicos; “que a oração de cada um fosse respeitada”, mas a dos católicos não foi. E quando, pondo em marcha o carrossel final sobre a praça ao pé de São Francisco, declarou triunfantemente: “Estamos reunidos em plena fidalide às nossas tradições religiosas, profundamente conscientes da identidade de cada um de nossos compromisso de fé” (OR citado, p. 4). Era verdadeiro para todos, exceto para os católicos, nem em sua oração nem em seu Pontífice, Ele, no entanto, Vigário de Cristo…
Enfim, enquanto foi concedido aos representantes das falsas religiões, com grande atenção,  reunirem-se de acordo com o seu desejo “para rezar, mas sem rezar juntos” (Rádio Vaticano), os representantes oficiais da única religião verdadeira rezaram juntos com os representantes das falsas religiões pseudo-cristãs. A prática pan-cristã de Assis é suficiente para demonstrar que, entre outras coisas, bastaram vinte anos de falso ecumenismo para que se estabelecesse entre os católicos, a começar pela sua hierarquia, o indiferentismo pan-cristão. Hoje, tudo parece legítimo.
Por todas essas razões, a “jornada de Assis” não pode ser renovada nem ser comemorada; ela não é “comemorável”; ela não é digna da Igreja Católica, ela é “miserável”.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Como morreram os Apóstolos de Nosso Senhor?

Segundo a sagrada tradição da Igreja (muitas pesquisas atuais confirmam esses fatos), os apóstolos de Nosso Senhor morreram da seguinte forma:


Santo André


Segundo a Tradição Santo André levou o cristianismo para a região da Acaia e lá foi crucificado em uma cruz em forma de X.

São Bartolomeu

Segundo consta foi surrado, esfolado e depois crucificado

São Tiago Menor

Foi o apostolo responsável pela a Igreja de Jerusalém e lá foi apedrejado até a morte por volta do ano 64

São Tiago Maior

Pregou o evangelho na região da Espanha e lá foi decapitado

São João Evangelista

Segundo a tradição, sob o imperador Domiciano , foi colocado dentro de uma caldeira com  óleo  fervendo , mas  saiu  ileso. Em  Patmos ,  para onde  foi  degradado , escreveu o Apocalise e, segundo consta, viveu e morreu em Éfeso, onde foi sepultado. Foi o único das apóstolos a morrer de morte natural.

São Judas Tadeu

Segundo consta foi apedrejado até a morte. Uma segunda fonte afirma que São Judas Tadeu foi decaptado por um machado.

São Mateus

Existem duas hipóteses sobre o martírio de São Mateus. A primeira afirma que ele foi perfurado por lanças até a morte. A segunda afirma que São Mateus teria sido queimado. O fato é que ele sofreu o martírio na Etiópia.

São Pedro, príncipe dos Apóstolos

Segundo antiguissíma tradição São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo na cidade de Roma por volta do ano 67.

São Felipe

Morreu crucificado por volta do ano 87, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano.

São Simão, o Zelota
Foi crucificado por volta do ano 100.

São Mathias

Segundo a tradição morreu apedrejado.

São Tomé

 Provalvelmente morreu apedrejado na Índia.

São Paulo

 Morreu decaptado em Roma, por ordens do imperador Nero, por volta do ano 64.
 







quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Entrevista com Monsenhor Georg Ratzinger

Entrevista concedida por Monsenhor Georg Ratzinger, irmão mais velho de Sua Santidade Bento XVI.

 "A música sacra é também hoje uma oportunidade para se aproximar do universo da música em geral."
Palavra de Monsenhor Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI, por décadas diretor do coro Los Garriones da catedral de Ratisbona. No dia 25 de outubro passado foi condecorado com o prêmio "Fundação pró música e arte sacra", ligado ao Festival internacional de música e arte sacra dedicado ao Papa Bento em seu quito ano de pontificado. Monsenhor Ratzinger vai com frequência à Roma. Nos últimos dias foi operado do joelho e agora enfrenta com seu habitual bom humor e disciplina a terapia de reabilitação, preparando-se para volver logo à Roma, para poder ver seu irmão.

Qual é sua primeira recordação de seu irmão mais novo?

É difícil responder e recordar. Do nascimento me lembro pouco, éramos pequenos e inclusive no batismo não estive presente, porque foi batizado logo que nasceu, e nós os irmãos mais velhos, fomos embora porque fazia muito frio. Logo, na vida cotidiana este menino tão pequeno e sinceramente não sabia muito o que fazer com esse menino tão pequeno.
Logo, quando crescemos um pouco, eramos os dois varões e brincamos muito e fazíamos muitas coisas juntos. É verdade que no começo eu estava mais vinculado com minha irmã, porque éramos os dois filhos mais velhos em casa, entretanto, com o passar dos anos se construiu um contato mais intenso com o irmão mais novo. Nós dois preparávamos juntos o presépio e logo entre os jogos mais frequentes havia os jogos espirituais. Nós os chamávamos "jogo do pároco" e somente jogava nós dois, nossa irmã não participava. Nós brincávamos de rezar a missa e tínhamos casulas feitas pela costureira da mamãe exclusivamente para nós. E revesávamos, enquanto um era o celebrante o outro era o coroinha.
Logo veio o seminário e a paixão pela liturgia, a música, o estudo ... Foi um desenrolar contínuo. Desde de criança tínhamos um grande amor pela liturgia e isso proseguiu pouco a pouco no seminário, mas não se agregou a música fora da liturgia. Era tudo uma só coisa.

Naqueles anos e sendo jóvens, tinha preocupações, medos e esperanças pelo irmão mais novo que seguia seu caminho?

Não havia nenhum motivo para se preocupar. Sempre me interessei pelo que fazia, pelos seus projetos, mas serenamente.

E depois da primeira Missa?

Por três anos estivemos separados porque em 1947 Joseph foi para Munique e em 1950 nos reencontamos em Freising. Depois da ordenação, desde novembro de 1951 atéoutubro de 1952, estivemos em paróquias vizinhas. Eu trabalhava na Igreja de São Luís e Joseph na Igreja do Preciossísimo Sangue.
É verdade que apesar de tudo, Joseph aceitou se tornar professor em Bonn tambem em vista ajudar a família. Em 1955 nossos pais se mudaram por ele para Freising e em 1956 se mudou também nossa irmã e assim quando eu estava livre, sempre ia para Freising com a família. O irmão mais novo era a referência para todos, não era um problema para nós.

E quando se tornou bispo e cardeal?

Primeiro estivemos separados enquanto Joseph estava em Bonn, Müster e Tubinga. Logos nos encontramos finalmente em Ratisbona. onde eu dirigia os "Domspatzen" e meu irmão estava na universidade. Foi um tempo muito bonito e intenso, os três irmãos estávamos reunidos. Certamente com a nomeação e a mudança para Munique, ainda que a distância não fosse muita, era mais a falta de tempo que nos deixavam separados, pois Joseph estava comprometido com bispo e cardeal.

E a mudança para Roma?

Foi, de fato, um pouco como uma perda quando o transferiram para Roma, também porque sabia que para meu irmão era uma grande responsabilidade e que teríamos pouco contato.
Três vezes por ano eu ia para Roma, sobre tudo no verão, e no natal meus irmãos vinham comigo para sua casa em Pentling, que gostávamos muito, aquela era precisamente sua casa. Também aproveitávamos os compromissos fixos para nos vermos, como para a Ascenção , quando meu irmão vinha para o retiro espiritual e aproveitava para passar alguns dias em Pentling. Em Agosto saíamos de férias juntos e íamos a Bad Hofgastein, Bressanone e Linz.

E no periodo em que estavam separados, havia algum episódio particular que Joseph contava?

Sempre o momento mais belo era quando o cardeal chegava, que voltava a sua terra natal. Aterrissava  em Munique, o senhor Künel ia busca-lo, e quando eu ainda era diretor do coro, vinha para um jantar solene. Isso marcava o começo de suas férias e era muito bonito. E logo, depois que me aposentei este jantar se realizava em Lutzgasse onde ainda vivo. Era um verdadeiro rito de acolhida se bem que não havia uma apresentação do coral. E sempre se fazia um jantar com comidas escolhidas que ele gostava particularmente.

E agora, como o Papa o recebe em Roma? Há um rito?

É sempre um momento muito festivo e solene quando se desce do avião. No aeroporto me buscam com um carro acompanhado por carros da polícia. Todos são muito gentis, posso entrar no carro e me trazem em seguida aqui. E então penso em todos que devem tomar um meio público, os problemas com as bagagens e eu,  chegando selenemente ....
É sempre um recepção muito alegre por parte das memores, dos funcionários, irmã Cristina que fazem uma acolhida muito bonita. Logo vou visitar meu irmão no seu quarto. Esse é nosso primeiro encontro, e para mim é voltar à minha casa, nesta situação familiar com as memores e assim sucessivamente, e com o encontro com ele, quando contamos as últimas novidades.
Para mim, estar em casa é estar com meu irmão aonde quer que seja. E sinto que a familia papal se converteu em minha familia também.

Alguma lembraça do passado?

Maria completava o trio. Desde que ela se foi, não existe mais trio. Natualmete sua presença fazia presente também nossos pais.  Ainda que falte, ela foi sempre a pessoa que nos fazia pensar neles.

Há uma curiosidade que temos, o papa ainda tem gatos?

Sim, nós gostamos muito de gatos. Quando nos mudamos para Hufschlag tínhamos nossos gatos e outros passavam pelo jardim. Gostamos de gatos, mas agora temos só os de Pentling.

Qual é seu pensamento frequente para seu irmão?

Meu pensamento para ele é que cada manhã possa ter saúde e a força que necessita para realizar sua missão.

Voltemos a falar de música, vocês  tocam juntos agora?

Não juntos, porque não posso ler mais a música, somente posso tocar de memória.

E a quatro mãos?

Fazíamos quando éramos jóvens, mas não muito.

E como é o papa como pianista?

Sem dúvida tem muito talento que não se desenvolveu muito porque dedicou mais tempo ao estudo. Quando eu estava, era eu quem tocava, pois ele se sentia envergonhado e não tocava.

Tradução livre: EXTRA ECCLESIAM SALUS NULLA





















terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cardeal Malcolm Ranjith toma posse de sua Igreja em Roma

Postamos algumas fotos da cerimônia na qual o Cardeal Malcolm Ranjith tomou posse de sua Igreja titular em Roma, a famosa Basílica de San Lourenzo in Lucina.






Um pouco de história:

O título cardinalício de São Loureço em Lucina (em latim, S. Laurentii in Lucina) foi instituído em 112, pelo Papa Evaristo com o nome de Lucinae. Em 684, foi confirmado pelo Papa Bento II. Com o nome atual, em homenagem a São Lourenço de Huesca, desde o século VIII. É ligada à Basílica de São Lourenço Fora de Muros.


Fonte das imagens: orbiscatholicussecundus

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mais um sacerdote é morto por fanáticos mulçumanos

Na manhã de ontem o corpo do jovem missionário salesiano, Pe. Marek Rybinski, foi encontrado sem vida no interior de um armário e com a garganta cortada, na escola salesiana de Manouba (Tunísia).

Embora ainda se desconheça o motivo do assassinato, os membros de sua comunidade suspeitam de algum tipo de extorsão, depois de recordar que ele recebeu no dia 31 de janeiro, debaixo da porta da residência salesiana, uma carta anônima ameaçando os de morte caso não pagassem uma soma de dinheiro que não detalharam à imprensa.

Seus irmãos da comunidade viram por última vez o P. Rybinski às 10:00 a.m. de 17 de fevereiro. Depois de notar sua ausência na oração da noite e na Missa da manhã, o Pe. Lawrence Essery, diretor da residência salesiana nessa cidade, alarmou-se e decidiu alertar a polícia local, que horas depois encontrou seu corpo.

Em um comunicado, o Ministério do Interior da Tunísia assinalou que este assassinato parecia ser o trabalho de um "grupo de terroristas extremistas", denunciando que estes fundamentalistas "aproveitam-se das circunstâncias excepcionais para prejudicar a segurança e afundar o país na violência".

O Pe. Marek Rybinski é o segundo religioso encontrado morto nos últimos dias, caracterizados por distúrbios sociais.

O Reitor Mor dos Salesianos, Dom Pascal Chávez Villanueva, apenas tendo recebido a notícia expressou sua consternação e sua dor.

Com apenas 33 anos, o Pe. Rybinski, ecônomo da comunidade em Manouba, "era extremamente eficiente e através de seus contatos com a delegação missionária polonesa, onde tinha trabalhado antes de chegar à Tunísia e chegou a financiar diversos projetos para o bem da escola", assinalou o Pe. Essery.

O Arcebispo de Túnis, Dom Maroun Elias Nimeh Lahham, preside esta noite uma Eucaristia em sufrágio do Pe. Rybinski, na catedral da capital tunisina.

Na Tunísia, desde meados de dezembro até em 14 de outubro se realizaram intensas manifestações que resultaram na renúncia e fuga do país do presidente Ben Ali.

Nos últimos dias, diversos países árabes realizaram intensos protestos contra seus governantes, no que se denominou o "Efeito Tunísia", sobressaindo-se o caso do Egito, onde o presidente Hosni Mubarak se viu obrigado a renunciar depois de mais de 30 anos no poder.

A diferença dos protestos no Egito onde não se registraram enfrentamentos entre cristãos e muçulmanos, na Tunísia a situação foi muito diferente e a perseguição contra os cristãos é uma constante.
Fonte: ACIDigital

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Santo Estanislau Kostka

O maior compromisso de nosso blog é a salvação das almas. Não valeria a pena manter um blog na internet caso os benifícios não fosse maior do que o enorme tempo que ele nos toma. Benefícios para mim? Não. Queremos beneficiar as almas, para que tenham uma formação verdadeiramente católica e assim alcançem a salvação eterna.
Certamente ninguém viveu melhor o catolicismo do que os santos da Igreja. Os santos são nossos verdadeiros mestres na busca pela santidade e consequentemente na busca pela salvação da alma. Por isso uma das preocupações de nosso blog é fazer com que nosso leitor conheça a vida dos santos e assim não se desesperem neste tempo conturbado em que a Igreja se encontra.
Hoje apresentamos ao nosso querido leitor a vida de Santo Estanislau Kostka, um jovem jesuíta do século XVI que viveu a perfeição evangélica em meio a uma corte depravada pela imoralidade e que não mediu esforço algum para ser fiel à vocação recebida.

Santo Estanislau Kostka

Uma das glórias da Companhia de Jesus, Santo Estanislau Kostka, é um dos santos não-mártires mais jovens da Igreja, pois faleceu aos 18 anos incompletos, tendo entretanto vivido, para a virtude, como um ancião
Por Plinio Maria Solimeo

"Ajoelha-te, ajoelha-te; vê que Santa Bárbara, acompanhada de dois Anjos, traz-me a Comunhão", exclamou Estanislau moribundo no leito, dirigindo-se a seu preceptor, quando estudante no colégio jesuíta de Viena.
E o preceptor completa sua narração com as seguintes palavras: "E levantando-se, pôs-se de joelhos na cama. Depois disse três vezes: 'Senhor, eu não sou digno...' Abriu a boca... e estendeu a língua com profundíssima humildade". Mas não foi ainda desta vez que Estanislau morreria.
Esse episódio é emblemático da vida inteiramente excepcional deste Santo, cuja festa comemora-se a 13 de novembro, dia em que seu corpo foi exumado e encontrado sem nenhuma forma de corrupção.

Das mais nobres famílias da Polônia

Estanislau nasceu em 1550 no castelo de Rostkow, de uma família das mais nobres da Polônia, que se "distinguia pela invariável fidelidade à antiga fé católica, diante das tempestades luteranas e renascentistas". Seus pais foram João Kostka, Senador do Reino, e Margarida Kriska, de estirpe não menos ilustre que o marido.
Estanislau foi dessas almas que parecem ter, desde o berço, correspondido a todas as graças especialíssimas com que Deus as cumula, percorrendo em pouco tempo, na santidade, uma carreira que muitos levam a vida inteira para atingir.
De uma pureza extrema, qualquer palavra mais livre fazia o menino enrubescer e até mesmo perder os sentidos. Quão diferente da perversão infantil que grassa em nossos dias! "Falemos doutra coisa, costumava dizer o velho pai, senão o nosso Estanislauzinho levantará os olhos ao céu, para dar em seguida com a cabeça no chão". A par dessa extrema delicadeza de consciência, o menino foi, desde cedo, também modelo de sabedoria e honestidade.

Na capital do Império Austro-Húngaro

Foi-lhe dado como preceptor um jovem cavaleiro, João Bilinski, para ensinar-lhe as primeiras letras. Aos 14 anos seu pai enviou-o com este, e com o irmão mais velho, Paulo, para Viena, onde o Imperador Fernando tinha fundado um colégio jesuíta para a educação da juventude de língua alemã. Foram recebidos na qualidade de internos; e quando Maximiliano I fechou o internato, foram viver na casa de um luterano, o Senador Kimberker. Para a consciência reta de Estanislau, o viver sob o teto de um herege era um contínuo tormento.
Entre seus condiscípulos, Estanislau logo se fez notar "por seu belo espírito, assiduidade ao estudo e raras virtudes. .... Ele fugia cuidadosamente da conversação dos escolares libertinos e de tudo que não o incitasse à devoção e ao amor de Jesus Cristo .... O recolhimento e o silêncio faziam suas delícias; e, quando falava, era sempre com tanta modéstia e discrição, que, era perceptível, não dizia nada precipitada ou irrefletidamente".
Ora, nunca dois irmãos foram tão diferentes como Paulo e Estanislau. O primogênito era amante da boa-vida, mundano, dado aos prazeres que a grande capital podia oferecer. O caçula não vivia senão para as coisas celestes. E com isso era, mesmo sem o querer, uma censura muda e constante ao modo de ser do irmão. Evidentemente tinham que surgir atritos, que Paulo resolvia segundo a "lei do mais forte", chegando muitas vezes a agredir Estanislau. Este entretanto tinha uma fortaleza de alma que se sobrepunha à moleza produzida pelos vícios no irmão.

Nossa Senhora lhe entrega o Menino Jesus

Certo dia Estanislau adoeceu tão gravemente, que os médicos declararam nada mais ser possível fazer, e que a medicina já não podia salvá-lo. O doente suplicou então ao irmão e ao preceptor que chamassem um sacerdote para ministrar-lhe os Sacramentos, ao menos a Sagrada Comunhão. No entanto, os dois, temendo desgostar o luterano que jamais permitira a entrada de um sacerdote católico em sua casa, optaram por fazer ouvidos moucos. Estanislau resolveu então apelar para o Céu; lembrou-se de ter lido certa vez que os que se recomendavam a Santa Bárbara não morriam sem receber os Sacramentos. Com fervor, pediu então a intercessão dessa Santa em seu favor. O que ocorreu a seguir, narrado por seu preceptor, depois ordenado Sacerdote, vem descrito no início deste artigo.
Pouco depois ele recebia também a visita de Nossa Senhora com o Menino Jesus nos braços e colocando-O nos de Estanislau. Ao despedir-se, a Mãe de Deus recomendou-lhe que entrasse para a Companhia de Jesus. No mesmo momento, Estanislau sentiu-se inteiramente curado.

Dois Santos o auxiliam a realizar sua vocação

O adolescente quis obedecer imediatamente o conselho de Nossa Senhora. Foi procurar o Pe. Provincial dos jesuítas na Áustria, mas este negou-lhe admissão sem a autorização do pai; recorreu ao Legado Papal, que também não quis comprometer-se. Aconselhado então pelo Pe. Francisco Antônio, confessor português da Imperatriz, fez o voto de peregrinar de casa em casa da Companhia pelo mundo, até encontrar uma que o admitisse sem condições.
Para isso teve que sair escondido de casa e tomar a estrada para Augsburgo. Doou seus trajes de seda a mendigos, e vestiu-se com uma grosseira túnica adrede preparada. Entrementes seu irmão e o preceptor, dando-se conta da fuga, partiram de carruagem atrás do fugitivo. Quando dele se aproximaram, Estanislau, como um pobre peregrino, pediu uma esmola. Sem se darem conta, jogaram-lhe uma moeda e continuaram o caminho...
Como o Provincial de Augsburgo encontrava-se em Dilingen, para lá se dirigiu o jovem polonês. Ora, este não era senão o grande São Pedro Canísio, que reconquistaria para a verdadeira fé quase metade da Alemanha, pervertida pelo ímpio Lutero. Como os Santos se entendem, foi sem dificuldade nenhuma e com grande alegria que ele recebeu o jovem postulante. E, para livrá-lo da possível perseguição do pai, enviou-o com outros dois pretendentes à casa mãe, em Roma.
Outro grande Santo, São Francisco de Borgia, então terceiro Geral dos jesuítas, recebeu Estanislau na Cidade Eterna com os braços abertos dizendo-lhe: "Estanislau, eu te recebo, e não te posso negar este gosto, porque tenho muitas provas de que Deus te quer em nossa Companhia".
Assim via Estanislau atendidos seus votos, entrando para o noviciado de Santo André do Quirinal a 28 de outubro de 1567.

O Anjo do Noviciado

Em pouco tempo o jovem polonês mereceu de seus condiscípulos o cognome de o Anjo do Noviciado. "Apoiado no conhecimento de si mesmo, quer dizer, de seu nada [sem a graça divina], de suas fraquezas, de sua incapacidade para todo bem e de sua corrupção original, ele tinha uma humildade que os louvores não podiam alterar, e que as reprimendas mais humilhantes não podiam exasperar". Seu amor a Deus era tão veemente, que abrasava-lhe o peito. Um dia, o Padre-ministro encontrou-o muito cedo no pátio, perto da fonte, refrescando-se. - "Que fazes aqui numa hora tão matinal?" perguntou-lhe. Respondeu o noviço: - "Padre, meu peito ardia muito e vim buscar um pouco de alívio".

Devoção especialíssima à Mãe de Deus

Estanislau tinha a mais profunda devoção a Maria Santíssima. Estudava e compilava os textos mais belos em seu louvor, e as passagens mais próprias a demonstrar sua grandeza. Em sua honra rezava, desde pequeno, o Rosário. A quem lhe perguntava por que amava tanto a Maria, respondia: "Como não A hei de amar, se é minha Mãe?"
Foi por insistência sua que se instituiu o costume de os noviços todas as manhãs, logo ao acordarem, porem-se de joelhos voltados em direção da Basílica de Santa Maria Maior, e pedir a Nossa Senhora sua bênção. O mesmo fariam à tarde, logo depois do exame de consciência. Esse costume manteve-se depois no Noviciado.
O desejo de Estanislau era o de morrer na véspera do dia de gloriosa Assunção de Maria ao Céu, e ele teve uma revelação de que seu voto seria atendido.

No dia de sua festa, Maria Santíssima vem buscá-lo e o leva ao Céu

Como era costume em diversas comunidades religiosas, no fim do mês de julho foi distribuído a esmo, no noviciado jesuíta, o nome de um Santo daquele mês que cada religioso deveria venerar e honrar de modo mais especial durante o mês entrante. Coube a Estanislau, para agosto, o do grande mártir São Lourenço. No dia 8, na vigília da festa do Santo, Estanislau quis honrá-lo de uma maneira particular, fazendo um ato de humilhação pública. Após ter dito suas faltas no refeitório, osculou os pés de cada religioso, disciplinou-se, e pediu a cada um de esmola um pequeno pedaço de pão para sua refeição. Depois foi ajudar na cozinha onde, à vista do fogo, começou a meditar nos sofrimentos de São Lourenço, assado vivo em uma grelha. Isso o impressionou tanto, que caiu desmaiado. Levado à sua cela, veio-lhe à boca um fluxo de sangue. Soube então que seu desejo de morrer no dia da Assunção seria satisfeito. E isso ele o dizia a todos.
Na vigília dessa gloriosa festa, pediu para lhe serem administrados os Sacramentos, que recebeu angelicamente. E às três horas da manhã do dia 15, Nossa Senhora, acompanhada por uma multidão de Anjos, veio receber a virginal alma de Estanislau Kostka. Ele morria aos 18 anos incompletos, tendo passado apenas 10 meses no noviciado jesuíta.
Acorreu tanta gente a seu enterro, que levou seu médico, Dr. Francisco Tolet, depois nomeado Cardeal, a exclamar: "Eis uma coisa verdadeiramente maravilhosa: um pequeno noviço polonês que morre; faz-se honrar pela cidade de Roma como um Santo!".

A glorificação post mortem

Enterrado na igreja Santo André monte Cavallo, em Roma, começaram a ocorrer milagres em seu túmulo. Sua fama difundiu-se, primeiro por sua pátria, e depois por toda a Europa. Na Polônia "não havia Prelado ou grande senhor que não quisesse ter [sua estampa], e o próprio Rei colocou-o em sua galeria junto às imagens dos santos".
Beatificado em 1604, Estanislau foi canonizado em 1726.

Santo Estanislau Kostka, rogai por nós!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Santo Padre nomeia novos bispos para o Brasil

O papa Bento XVI nomeou nesta quarta-feira, 16, três novos bispos para o Brasil. Se trata de um bispo auxiliar para o Ordinariado Militar, um auxiliar para a arquidiocese de Belém (PA) e um novo bispo de diocesana para Caratinga, no Estado de Minas Gerais.

O novo bispo de Caratinga (MG) Dom Emanuel Messias, era até o momento bispo de Guanhães (MG). O Papa nomeou ainda, a pedido do bispo do Ordinariado Militar do Brasil, Dom Osvino José Both, o padre José Francisco Falcão de Barros, como bispo auxiliar do Ordinariado Militar.
A arquidiocese de Belém do Pará contará agora com um bispo auxiliar. Trata-se do padre Teodoro Mendes Tavares, que exercia seu trabalho em Central Falls, nos Estados Unidos.

Dom Emanuel Messias


Natural de Salinas (MG), Dom Emanuel Messias foi ordenado bispo em 4 de abril de 1998, em Governador Valadares (MG), onde trabalhou até ser nomeado bispo de Guanhães. Estudou Filosofia em Mariana (MG) e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, Itália. Além disso, é especialista nas Sagradas Escrituras, pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

Como bispo, é responsável pela Dimensão Bíblico-catequética do Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais).

Monsenhor José Francisco Falcão


Pároco da paróquia de São Vicente de Paulo (AL) desde 1993, monsenhor José Francisco Falcão de Barros nasceu em 24 de março de 1965 em Paulo Jacinto (AL) e se formou em Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (RJ). Tem Mestrado e Doutorado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma, Itália.

Monsenhor Teodoro Mendes

O novo bispo auxiliar de Belém do Pará, monsenhor Teodoro Mendes Tavares, é membro da Congregação do Espírito Santo (a mesma congregação que renegou Dom Marcel Lefebvre como seu superior geral) e atualmente, exerce seu ministério em Central Falls, nos Estados Unidos da América. Nasceu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, no dia 7 de janeiro de 1964. Formado em Filosofia, Teologia e Licenciatura pela Universidade Católica Portuguesa, foi ordenado padre em 11 de julho de 1993.

Ele chegou ao Brasil em 1994 para exercer a “Missão Amazônia”. Ele tem um Mestrado sobre Ecumenismo (que medo!!) pela Trinity College - Universidade de Dublin, Irlanda, e diploma Superior de Estudos Franceses Modernos (Aliança Francesa).


Fonte: CNBB

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Freira que será beatificada este ano viu Martinho Lutero no inferno (em italiano)


Nel 1883 Suor Maria Serafina Micheli (1849-1911) che sarà beatificata a Faicchio in provincia di Benevento e diocesi di Cerreto Sannita il 28 maggio 2011, fondatrice dell’Istituto delle Suore degli Angeli, si trovava a passare per Eisleben, nella Sassonia, città natale di Lutero. Si festeggiava, in quel giorno, il quarto centenario della nascita del grande eretico ( 10 novembre 1483) che spaccò l’Europa e la Chiesa in due, perciò le strade erano affollate, i balconi imbandierati. Tra le numerose autorità presenti si aspettava, da un momento all’altro, anche l’arrivo dell’imprenditore Guglielmo I, che avrebbe presieduto alle solenni celebrazioni. La futura beata, pur notando il grande trambusto non era interessata a sapere il perché di quell’insolita animazione, l’unico suo desiderio era quello di cercare una chiesa e pregare per poter fare una visita a Gesù Sacramentato. Dopo aver camminato per diverso tempo, finalmente, ne trovò una, ma le porte erano chiuse. Si inginocchiò ugualmente sui gradini ... 
 
...  d’accesso, per fare le sue orazioni. Essendo di sera, non s’era accorta che non era una chiesa cattolica, ma protestante. Mentre pregava le comparve l’angelo custode, che le disse: “ Alzati, perché questo è un tempio protestante”.
 
Poi  le soggiunse: “Ma io voglio farti vedere il luogo dove Martin Lutero è condannato e la pena che subisce in castigo del suo orgoglio”.
 
Dopo queste parole vide un’orribile voragine di fuoco, in cui venivano crudelmente tormentate un incalcolabile numero di anime. Nel fondo di questa voragine v’era un uomo, Martin Lutero, che si distingueva dagli altri: era circondato da demoni che lo costringevano a stare in ginocchio e tutti, muniti di martelli, si sforzavano, ma invano, di conficcargli nella testa un grosso chiodo.
 
La suora pensava: se il popolo in festa vedesse questa scena drammatica, certamente non tributerebbe onori, ricordi, commemorazioni e festeggiamenti per un tale personaggio.
 
In seguito, quando le si presentava l’occasione ricordava alle sue consorelle di vivere nell’umiltà e nel nascondimento. Era convinta che Martin Lutero fosse punito nell’Inferno soprattutto per il primo peccato capitale, la superbia.
 
L’orgoglio lo fece cadere nel peccato capitale, lo condusse all’aperta ribellione contro la Chiesa Cattolica Romana. La sua condotta, il suo atteggiamento nei riguardi della Chiesa e la sua predicazione furono determinanti per traviare e portare tante anime superficiali ed incaute all’eterna rovina.
 
Se vogliamo evitare l’Inferno viviamo nell’umiltà. Accettiamo di non essere considerati, valutati e stimati da quelli che ci conoscono. Non lamentiamoci, quando veniamo trascurati o siamo posposti ad altri che pensiamo siano meno degni di noi. Non critichiamo mai, per nessun motivo, l’operato di coloro che ci circondano. Se giudicheremo gli altri, non siamo neppure cristiani.
 
Se giudichiamo gli altri, non siamo neppure noi stessi. Confidiamo sempre nella grazia di Dio e non in noi stessi. Non preoccupiamoci eccessivamente della nostra fragilità, ma del nostro orgoglio e presunzione. Diciamo spesso col salmista: “Signore, non si inorgoglisce il mio cuore e non si leva con superbia il mio sguardo; non vado in cerca di cose grandi, superiori alle mie forze” (Salm. 130).
 
Offriamo a Dio il nostro “nulla”: le incapacità, le difficoltà, gli scoraggiamenti, le delusioni, le incomprensioni, le tentazioni, le cadute e le amarezze di ogni giorno. Riconosciamoci peccatori, bisognosi della sua misericordia. Gesù, proprio perché siamo peccatori ci chiede solo di aprire il nostro cuore e di lasciarsi amare da Lui. E’ questa l’esperienza di San paolo: “La mia potenza, infatti, si manifesta pienamente nella debolezza. Mi vanterò, quindi, ben volentieri delle mie debolezze, perché dimori in me la potenza di Cristo” (2 Cor. 12,9). Non ostacoliamo l’amore di Dio nei nostri riguardi col peccato o con l’indifferenza. Diamogli sempre più spazio nella nostra vita, a vivere in piena comunione con Lui nel tempo e nell’eternità.
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sermão de Santo Tomás de Aquino sobre a oração da Ave Maria

1. — A saudação angélica é dividida em três partes: A primeira, composta pelo Anjo: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres. (Lc 1, 28).
A segunda é obra de Isabel, mãe de João Batista, que disse: Bendito é o fruto do teu ventre.
A terceira parte, a Igreja acrescentou: Maria
O Anjo não disse: Ave Maria e sim, Ave, Cheia de graça. Mas este nome de Maria, efetivamente, se harmoniza com as palavras do Anjo, como veremos mais adiante.

AVE 

2. — Na antiguidade, a aparição dos Anjos aos homens era um acontecimento de grande importância e os homens sentiam-se extremamente honrados em poder testemunhar sua veneração aos Anjos.
A Sagrada Escritura louva Abraão por ter dado hospitalidade aos Anjos e por tê-los reverenciado.
Mas um Anjo se inclinar diante de uma criatura humana, nunca se tinha ouvido dizer antes que o Anjo tivesse saudado à Santíssima Virgem, reverenciando-a e dizendo: Ave.
3. — Sé na antiguidade o homem reverenciava o Anjo e o Anjo não reverenciava o homem, é porque o Anjo é maior que o homem e o é por três diferentes razões:
Primeiramente, o Anjo é superior ao homem por sua natureza espiritual.
Está escrito: Dos seres espirituais Deus fez seus Anjos. (Sl 103).
4. — O homem tem uma natureza corrutível e por isso Abraão dizia a Deus: (Gn 18, 27) Falarei a meu Senhor, eu que sou cinza e pó.
Não convém que a criatura espiritual e incorruptível renda homenagem à criatura corruptível.
Em segundo lugar, o Anjo ultrapassa o homem por sua familiaridade com Deus.
Com efeito, o Anjo pertence à família de Deus, mantendo-se a seus pés. Milhares de milhares de Anjos o serviam, e dez milhares de centenas de milhares mantinham-se em sua presença, está escrito em Daniel (7, 10).
Mas o homem é quase estranho a Deus, como um exilado longe de sua face pelo pecado, como diz o Salmista:  Fugindo, afastei-me de Deus.
Convém, pois, ao homem honrar o Anjo por causa de sua proximidade com a majestade divina e de sua intimidade com ela.
Em terceiro lugar, o Anjo foi elevado acima do homem, pela plenitude do esplendor da graça divina que possui. Os Anjos participam da própria luz divina em mais perfeita plenitude. Pode-se enumerar os soldados de Deus, diz Jó (25, 3) e haverá algum sobre quem não se levante a sua luz? Por isso os Anjos aparecem sempre luminosos. Mas os homens participam também desta luz, porém com parcimônia e como num claro-escuro.
Por conseguinte, não convinha ao Anjo inclinar-se diante do homem, até, o dia em que apareceu urna criatura humana que sobrepujava os Anjos por sua plenitude de graças (cf n° 5 a 10), por sua familiaridade com Deus (cf. n° 10) e por sua dignidade.
Esta criatura humana foi a bem-aventurada Virgem Maria. Para reconhecer esta superioridade, o Anjo lhe testemunhou sua veneração por esta palavra: Ave.

CHEIA DE GRAÇA

5. — Primeiramente, a bem-aventurada Virgem ultrapassou todos os Anjos por sua plenitude de graça, e para manifestar esta preeminência o Arcanjo Gabriel inclinou-se diante dela, dizendo: cheia de graça; o que quer dizer: a vós venero, porque me ultrapassais por vossa plenitude de graça.
6. — Diz-se também da Bem-aventurada Virgem que é cheia de graça, em três perspectivas:
Primeiro, sua alma possui toda a plenitude de graça. Deus dá a graça para fazer o bem e para evitar o mal. E sob esse duplo aspecto a Bem-aventurada Virgem possuía a graça perfeitissimamente, porque foi ela quem melhor evitou o pecado, depois de Cristo.
O pecado ou é original ou atual; mortal ou venial.
A Virgem foi preservada do pecado original, desde o primeiro instante de sua concepção e permaneceu sempre isenta de pecado mortal ou venial.
Também está escrito, no Cântico dos Cânticos: (4, 7) Tu és formosa, amiga minha, e em ti não há mácula.
«Com exceção da Santa Virgem, diz Santo Agostinho, em seu livro sobre a natureza e a graça; todos os santos e santas, em sua vida terrena, diante da pergunta: «estais sem pecados?» teriam gritado a uma só voz: «Se disséssemos: estamos sem pecado (cf. 1, Jo 1, 6), estaríamos enganando-nos a nós mesmos e a verdade não estaria conosco».
«A Virgem santa é a única exceção. Para honrar o Senhor, quando se trata a respeito do pecado, não se faça nunca referência à Virgem Santa. Sabemos que a ela foi dada uma abundância de graças maior, para triunfar completamente do pecado. Ela mereceu conceber Aquele que não foi manchado por nenhuma falta».
Mas o Cristo ultrapassou a Bem-aventurada Virgem. Sem dúvida, um e outro foram concebidos e nasceram sem pecado original. Mas Maria, contrariamente a seu Filho, lhe é submissa de direito. E se ela foi, de fato, totalmente preservada, foi por uma graça e um privilégio singular de Deus Todo Poderoso que é devido aos méritos de seu Filho, Jesus Cristo, Salvador do gênero humano. (N.T.).
7. — A Virgem realizou também as obras de todas as virtudes. Os outros santos se destacam por algumas virtudes, dentre tantas. Este foi humilde, aquele foi casto, aquele outro, misericordioso, por isto são apresentados como modelo para esta ou aquela determinada virtude; como, por exemplo, se apresenta São Nicolau, como modelo de misericórdia.
Mas a Bem-aventurada Virgem é o modelo e o exemplo de todas as virtudes. Nela achareis o modelo da humildade. Escutai suas palavras: (Lc 1, 38) Eis a escrava do Senhor. E mais (Lc 1, 48): O Senhor olhou a humildade de sua serva. Ela é também o modelo da castidade: ela mesma confessa que não conheceu homem (cf. Lc 1, 43). Como é fácil constatar, Maria é o modelo de todas as virtudes.
A Bem-aventurada Virgem é pois cheia de graça, tanto porque faz o bem, como porque evita o mal.
8. — Em segundo lugar, a plenitude de graça da Virgem Santa se manifesta no reflexo da graça de sua alma, sobre sua carne e todo o seu corpo.
Já é uma grande felicidade que os santos gozem de graça suficiente, para a santificação de suas almas. Mas a alma da Bem-aventurada Virgem Maria possui uma tal plenitude de graça, que esta graça de sua alma reflete sobre sua carne, que, por sua vez, concebe o Filho de Deus.
Porque o amor do Espírito Santo, nos diz Hugo de São Vitor, arde no coração da Virgem com um ardor singular, Ele opera em sua carne maravilhas tão grandes, que dela nasceu um Homem Deus, como avisa o Anjo à Virgem santa: (Lc 1, 35) Um Filho santo nascerá de ti e será chamado Filho de Deus.
9. — Em terceiro lugar, a Bem-aventurada Virgem é cheia de graça, a ponto de espalhar sua plenitude de graça sobre todos os homens.
Que cada santo possua graça suficiente para a salvação de muitos homens é coisa considerável. Mas se um santo fosse dotado de uma graça capaz de salvar toda a humanidade, ele gozaria de uma abundância de graça insuperável. Ora, essa plenitude de graça existe no Cristo e na Bem-aventurada Virgem.
Em todos os perigos, podemos obter o auxílio desta gloriosa Virgem. Canta o esposo, no Cântico dos Cânticos: (4, 4) Teu pescoço é como a torre de Davi, edificada com seus baluartes. Dela estão pendentes mil escudos, quer dizer, mil remédios contra os perigos.
Também em todas as ações virtuosas podemos beneficiar-nos de sua ajuda. Em mim há toda a esperança da vida e da virtude (Ecl 24, 25).

MARIA

10. — A Virgem, cheia de graça, ultrapassou os Anjos, por sua plenitude de graça. E por isto é chamada Maria, que quer dizer, «iluminada interiormente», donde se aplica a Maria o que disse Isaias: (58, 11) O Senhor encherá tua alma de esplendores. Também quer dizer: «iluminadora dos outros», em todo o universo; por isso, Maria é comparada, com razão, ao sol e à lua.

O SENHOR É CONVOSCO

11. — Em segundo lugar, a Virgem ultrapassa os Anjos em sua intimidade com o Senhor. O arcanjo Gabriel reconhece esta superioridade, quando lhe dirige estas palavras: O Senhor é convosco, isto é, venero-vos e confesso que estais mais próxima de Deus do que eu mesmo estou. O Senhor está, efetivamente, convosco.
O Senhor Pai está com Maria, pois Ele não se separa de maneira nenhuma de seu Filho e Maria possui este Filho, como nenhuma outra criatura, até mesmo angélica. Deus mandou dizer a Maria, pelo Arcanjo Gabriel (Lc 1, 35) Uma criança santa nascerá de ti e será chamada Filho de Deus.
O Senhor está com Maria, pois repousa em seu seio. Melhor do que a qualquer outra criatura se aplicam a Maria estas palavras de Isaias: (12, 6) Exulta e louva, casa de Sião, porque o Grande, o Santo de Israel está no meio de ti.
O Senhor não habita da mesma maneira com a Bem-aventurada Virgem e com os Anjos. Deus está com Maria, como seu Filho; com os Anjos, Deus habita como Senhor.
O Espírito Santo está em Maria, como em seu templo, onde opera. O arcanjo lhe anunciou: (Lc 1, 35) O Espírito Santo virá sobre ti. Assim, pois, Maria concebeu por efeito do Espírito Santo e nós a chamamos «Templo do Senhor», «Santuário do Espírito Santo». (cf. liturgia das festas de Nossa Senhora).
Portanto, a Bem-aventurada Virgem goza de uma intimidade com Deus maior do que a criatura angélica.
Com ela está o Senhor Pai, o Senhor Filho, o Senhor Espírito Santo, a Santíssima Trindade inteira. Por isso canta a Igreja: «Sois digno trono de toda a Trindade».
É esta então a palavra mais nobre, a mais expressiva, como louvor, que podemos dirigir à Virgem.

MARIA 

12. — Portanto o Anjo reverenciou a Bem-aventurada Virgem, como mãe do Soberano Senhor e, assim, ela mesma como Soberana. O nome de Maria, em siríaco significa soberana, o que lhe convém perfeitamente.
13. — Em terceiro lugar, a Virgem ultrapassou aos Anjos em pureza.
Não só possuía em si mesma a pureza, como procurava a pureza para os outros.
Ela foi puríssima de toda culpa, pois foi preservada do pecado original e não cometeu nenhum pecado mortal ou venial, como também foi livre de toda pena.


BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES 

14. — Três maldições foram proferidas por Deus contra os homens, por causa do pecado original.
A primeira foi contra a mulher, que traria seu filho no sofrimento e daria à luz com dores.
Mas a Bem-aventurada Virgem não está submetida a estas penas. Ela concebeu o Salvador sem corrupção, trouxe-o alegremente em seu seio e o teve na alegria. A Ela se aplica a palavra de Isaias: (35, 2) A terra germinará, exultará, cantará louvores.
15. — A segunda maldição foi pronunciada contra o homem (Gn 3, 9): Comerás o teu pão com o suor de teu rosto.
A Bem-aventurada Virgem foi isenta desta pena. Como diz o Apóstolo (1 Cor 7, 32-34): Fiquem livres de cuidados as virgens e se ocupem só com o Senhor.
A terceira maldição foi comum ao homem e à mulher. Em razão dela devem ambos tornar ao pó.
A Bem-aventurada Virgem disto também foi preservada, pois foi, com o corpo, assunta aos céus. Cremos que, depois de morta, foi ressuscitada e elevada ao céu. Também se lhe aplicam muito apropriadamente as palavras do Salmo 131, 8: Levanta-te, Senhor, entra no teu repouso; tu e a arca da tua santificação.

MARIA

A Virgem foi pois isenta de toda maldição e bendita entre as mulheres. Ela é a única que suprime a maldição, traz a bênção e abre as portas do paraíso.
Também lhe convém, assim, o nome de Maria, que quer dizer, «Estrela do mar», Assim como os navegadores são conduzidos pela estrela do mar ao porto, assim, por Maria, são os cristãos conduzidos à Glória.


BENDITO É O FRUTO DE VOSSO VENTRE 

18. — O pecador procura nas criaturas aquilo que não pode achar, mas o justo o obtém. A riqueza dos pecadores está reservada para os justos, dizem os Provérbios (13, 22). Assim Eva procurou o fruto, sem achar nele a satisfação de seus desejos. A Bem-aventurada Virgem, ao contrário, achou em seu fruto tudo o que Eva desejou.
19. — Eva, com efeito, desejou de seu fruto três coisas:
Primeiro, a deificação de Adão e dela mesma e o conhecimento do bem e do mal, como lhe prometera falsamente o diabo: Sereis como deuses (Gn 3, 5), disse-lhes o mentiroso. O diabo mentiu, porque ele é mentiroso e o pai da mentira (cf. Jo 8, 44). E por ter comido do fruto, Eva, em vez de se tornar semelhante a Deus, tornou-se dessemelhante. Por seu pecado, afastou-se de Deus, sua salvação, e
foi expulsa do paraíso.
A Bem-aventurada Virgem, ao contrário, achou sua deificação no fruto de suas entranhas. Por Cristo nos unimos a Deus e nos tornamos semelhantes a Ele. Diz-nos São João: (1 Jo 3, 2) Quando Deus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos como Ele é.
20. — Em segundo lugar, Eva desejava o deleite (cf. Gn 3, 6), mas não o encontrou no fruto e imediatamente conheceu que estava nua e a dor entrou em sua vida.
No fruto da Virgem, ao contrário, encontramos a suavidade e a salvação. Quem come minha carne tem a vida eterna (Jo 6, 55).
21. — Enfim, o fruto de Eva era sedutor no aspecto, mas quão mais belo é o fruto da Virgem que os próprios Anjos desejam contemplar (cf. 1 Pe 1, 12). É o mais belo dos filhos dos homens (Sl 44, 3), porque é o esplendor da glória de seu Pai (Heb 1, 3) como diz S. Paulo.
Portanto, Eva não pôde achar em seu fruto o que também nenhum pecador achará em seu pecado.
Acharemos, no entanto, tudo o que desejamos no fruto da Virgem. Busquemo-lo.
22. — O fruto da Virgem Maria é bendito por Deus, que de tal forma encheu-o de graças que sua simples vinda já nos faz render homenagem a Deus. Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, declara São Paulo (Ef 1, 3).
O fruto da Virgem é bendito pelos Anjos. O Apocalipse (7, 11) nos mostra os Anjos caindo com a face por terra e adorando o Cristo com seus cantos: O louvor, a glória, a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém
O fruto de Maria é também bendito pelos homens: Toda a língua confesse que o Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Pai, nos diz o Apóstolo (Fp 2, 11). E o Salmista (Sl 117, 26) o saúda assim: Bendito o que vem em nome do Senhor.
Assim, pois, a Virgem é bendita, porém, bem mais ainda, é o seu fruto.

Santo Tomás de Aquino, Doutor Angélico

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ordenações diaconais no Instituto Cristo Rei

Fotos das ordenações diaconais feitas no último dia 30 de janeiro no Seminário do Instituto Cristo Rei na Itália. O ordenante foi Sua Eminência Reverendíssima Cardeal Raymond Leo Burke.















Com a Graça de Deus os Institutos que guardam a sagrada tradição liturgica de doutrinal estão cada vez mais lotados de vocações. Rezemos por esses diáconos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O martírio de São Tarcísio


No tempo de Santa Ignes vivia em Roma um menino chamado Tarcísio. Era coroinha e ajudava o Sacerdote na Santa Missa. Certo dia, o sacerdote procurava um homem de confiança para levar a Santa Comunhão aos encarcerados. Tarcísio ofereceu-se. Mas o sacerdote, olhando para ele, disse: “És criança ainda, Tarcísio, e não sabes desempenhar esta santa missão. O menino retrucou: “Sou menino ainda, tanto melhor, porque de mim, ninguém desconfiará, podendo de tal maneira , me aproximar de nossos irmãos encarcerados. E, também, sei guardar as Santas Hóstias e nunca as entregarei aos pagãos.”
O sacerdote conhecendo o grande amor de Tarcísio por Jesus, e admirado do seu argumento, colocou algumas partículas sobre uma toalhinha de linho branco, dobrando-a cuidadosamente e o entregou.
Recebeu ele as Santas Hóstias com grande respeito e segurando-as sobre o seu peito, as cobriu com as mãos, cuidadosamente.
Como se sentiu feliz em colocar o seu Jesus junto a seu peito!
Andava assim pelas ruas em busca de irmãos encarcerados, quando de repente, outros meninos o chamaram para brincar, pois faltava um para completar a brincadeira. Tarcísio desculpou-se, dizendo ter pressa. Um rapaz atrevido pegou-lhe pelo braço e quis forçá-lo. Tarcísio resistiu. Entretanto, perceberam que ele segurava algo contra o peito. Curiosos perguntaram-lhe o que era. Não atendendo às suas exigências, fizeram violência para lhe arrancarem o segredo.
Nesse ínterim, passaram por ali várias pessoas e ouvindo o que se tratava, disse uma delas: “Leva consigo o Deus dos cristãos”. Então, os rapazes caíram sobre o pobre menino para lhe arrancar à força as Santas Hóstias. Mas, Tarcísio segurava com tanta firmeza o seu tesouro, que força alguma conseguiu arrancá-lo.
Encolerizados, espancaram e maltrataram Tarcísio sem piedade. Exausto e quase morto, segurava as Santas Hóstias com força, sobrenatural. Neste instante, passou um soldado, alto e robusto que era também cristão. Percebeu o que se passava. Com a mão forte, dispersou os malvados, tomou Tarcísio sobre seus braços e levou-o ao sacerdote.
No caminho, morreu nos braços do soldado. O sacerdote recebeu-o com grande veneração. Tirou com facilidade as Santas Hóstias, tão heroicamente defendidas pelo pequeno mártir, e, beijou, por entre lágrimas, as mãos deste santo herói, que tinha derramado seu sangue em defesa de Jesus Hóstia.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A linda história do bebê Vitor

Quando Vítor foi concebido, em meados de agosto de 1999, a Norma Técnica do Aborto já estava em vigor. De acordo com a Norma, assinada pelo Ministro José Serra em 9 de novembro de 1998, a vida de Vítor não era inviolável. Sua mãe, a adolescente Fabiana Silva, 15 anos, moradora da periferia de Goiânia, havia-o concebido em um estupro praticado pelo padrasto.
Se o padrasto fosse apanhado (o que até hoje não aconteceu) sofreria no máximo 10 anos de reclusão (art. 213 do Código Penal). E isso só depois de um julgamento, e com amplo direito de defesa.
Vítor, porém, sem a menor culpa, já estava condenado à morte por causa do crime de seu pai. Em dezembro de 1999, Fabiana estava disposta a abortar Vítor de qualquer jeito. A criança na época já estava com 4 meses e os médicos do Hospital Materno Infantil de Goiânia hesitavam em matá-la. Restava uma última esperança: o Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya na capital paulista, conhecido como Hospital de Jabaquara, que desde 1989, sob o comando do médico Dr. Jorge Andalaft, especializara-se em trucidar bebês concebidos em um estupro. Ainda hoje, o Hospital faz em média, um a dois abortos por mês.
Não foi fácil batalha para salvar a vida de Vítor. Visitamos várias vezes a casa de Fabiana, conversamos com ela e sua mãe Ana Francisca da Silva, exibimos o vídeo "A dura realidade", mostrando cenas de abortos praticados nos Estados Unidos... No dia 1º de janeiro de 2000, levamos a jovem Alcineide ( 22 anos, vítima de estupro) com seu filho David (12 anos, concebido no estupro) para conversar com Fabiana. As duas conversaram muito, choraram... Alcineide implorou que Fabiana lutasse até o fim pelo seu filho, assim como ela lutara por David.
Ao mesmo tempo que tentávamos convencer Fabiana a assumir com amor a própria maternidade, e lhe oferecíamos toda a assistência possível durante a gestação, parto e puerpério, passamos a combater em outra frente: convocamos pessoas do Brasil e do mundo para que suplicassem ao Dr. Jorge Andalaft que poupasse a vida do inocente. Graças a Deus, a mobilização mundial foi surpreendente.
Quando no dia 4 de janeiro de 2000, às 16 horas, telefonei para o Hospital de Jabaquara, tive a honra de conversar pessoalmente com Dr. Andalaft. Ele se demonstrou extremamente irritado por estar recebendo protestos de todas as partes do mundo e por todos os meios: telefone, fax, correio eletrônico. Informou que recebia em média 30 telefonemas por hora! Indignado, ameaçou processar-me por "invasão de privacidade"(sic!). Perguntei se ele havia recebido ofensas, e ele prontamente respondeu: "Sim. Estão-me chamando de assassino, de aborteiro, dizendo que eu vou matar a criança...". Nessa hora eu apartei: "O senhor não vai matar a criança? Se não vai, diga-me, que eu espalharei agora mesmo a notícia". O doutor ficou perturbado e não soube dar resposta. Ele só tinha até o dia seguinte para responder se faria ou não o aborto.
Levado pela emoção, prosseguiu: "Aposto que vocês, que tentam impedir o aborto, depois de seis meses deixarão a menina sozinha, abandonada, sem poder continuar os estudos e convivendo com o fruto de sua violência". Graças a Deus, Andalaft foi um péssimo adivinho.
No dia seguinte, 5 de janeiro de 2000, à noite, ele finalmente informou que o Hospital de Jabaquara não iria fazer o aborto em Fabiana. O menino tinha então cerca de 5 meses de vida. No dia 6, Fabiana e sua mãe já haviam desistido totalmente da idéia do aborto.
A gravidez transcorreu maravilhosamente bem. Não faltou quem oferecesse toda sorte de assistência a Fabiana e sua mãe, inclusive o pagamento do aluguel de uma nova casa, mais próxima da escola onde a adolescente cursava a 2ª série do 2º grau.
Na segunda-feira, dia 15 de maio de 2000, às 19h 55min, no Hospital Materno Infantil de Goiânia, nasceu Vítor, 52 cm, 3.115 g, de parto normal. Cerca de vinte médicos acompanharam o nascimento do bebê mundialmente famoso.
Para decepção do Dr. Jorge Andalaft, Vítor foi um verdadeiro presente para Fabiana e sua família. Antes decidida a abortá-lo, depois de dá-lo à luz, Fabiana apaixonou-se pelo bebê. No dia 17 de junho de 2000, na Catedral do Bom Jesus, Anápolis, Vítor era batizado e Fabiana fazia sua Primeira Comunhão.
Os estudos de Fabiana transcorreram normalmente e a situação da família melhorou muito depois que o bebê nasceu. Deus nunca permitiu que lhes faltassem benfeitores, seja para a compra de gêneros alimentícios, seja para o aluguel da casa.
Pouco antes de dar à luz, no dia 1º de maio de 2000, Fabiana escrevia uma comovente carta ao Dr. Jorge Andalaf agradecendo-lhe por ter poupado a vida de seu filho.

Carta escrita pela mãe de Vitor


Vitor e sua mãe