Egito
A loucura anticristã teve lugar pouco depois da noite do Ano Novo e atingiu a comunidade copta de Alexandria, no Egito. De acordo com relatórios recentes, a explosão de uma bomba na Igreja dos Santos (Al-Qiddissine), localizada no bairro de Sidi Bishr, causou - 30 minutos após a meia-noite - pelo menos 21 mortos e 79 feridos entre os fiéis, que saíam do culto religioso por ocasião do ano novo. Embora algumas testemunhas falem da explosão de um carro-bomba, o Ministério do Interior egípcio acredita que tenha sido um atentado suicida. "É provável que a bomba tenha sido detonada por um kamikaze, que morreu junto com outros", afirmou um comunicado do Ministério enviado à agência AFP.
Em um discurso transmitido pela televisão egípcia, o presidente Hosni Mubarak condenou o ataque e o "terrorismo cego", que "não faz distinção entre um copta e um muçulmano". De acordo com o chefe de Estado, é um "ato criminal" de origem estrangeira que teve como objetivo "todo o Egito". O ataque aconteceu após as recentes ameaças de militantes da Al Qaeda, no Iraque, contra os cristãos do Egito. Segundo a Associated Press, sua participação direta seria um golpe para o governo de Mubarak, que sempre havia negado uma presença significativa da Al Qaeda no Egito.
Até mesmo o patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, disse: "Esta nova matança deveria levar a refletir sobre a nossa vocação de cristãos nessa região, que não pode ser dispensada de abraçar a cruz. O discípulo não está acima do seu Mestre".
Durante a homilia na Missa celebrada na sede do patriarcado, ele concluiu dirigindo-se a Jesus: "Se nos envias a cruz, dá-nos a coragem para seguir-te".
Iraque
Depois de um Natal relativamente calmo, a fúria anticristã atingiu novamente a martirizada minoria iraquiana em 30 de dezembro. Segundo um funcionário do Ministério do Interior, a explosão de dez bombas em casas de cristãos provocou na capital, Bagdá, pelo menos 2 mortos e 16 feridos. "No total - declarou em 31 de dezembro a agência AFP - 14 bombas foram colocadas perto de casas de cristãos", 10 das quais explodiram completamente. "As outras 4 foram encontradas antes da explosão e as forças de segurança provocaram sua explosão em segurança", indicou a mesma fonte.
As duas vítimas dos atentados, que não foram reivindicados, mas que têm a assinatura de um ramo iraquiano da rede terrorista Al Qaeda, foram mortas no bairro de al-Ghadir, no centro da capital, devido à explosão de uma bomba artesanal. Após o ataque sangrento à catedral siro-católica de Bagdá, em 31 de outubro, que matou mais de 50 pessoas, a Al Qaeda havia anunciado que todos os cristãos tornaram-se alvos legítimos.
Filipinas (país de maioria católica, porém com forte presença mulçumana)
Nas Filipinas, uma bomba explodiu na manhã de 25 de dezembro, durante a Missa de Natal celebrada na capela dentro do quartel policial de Jolo, na Região Autônoma Muçulmana de Mindanau. A explosão da bomba, lançada sobre o telhado da capela do Sagrado Coração por alguns homens em uma motocicleta, provocou, segundo a agência Asianews (27 de dezembro), pelo menos 11 feridos, entre os quais pelo menos um padre.
Embora o ataque não tenha sido reivindicado, os especialistas sinalizam o grupo extremista muçulmano de Abu Sayyaf. Fundada no início dos anos 90, o grupo armado efetuou inúmeros sequestros para extorquir, além de atentados, incluindo o incêndio de uma balsa com destino à capital, Manila (fevereiro de 2006), que causou 116 vítimas.
Nigéria
Na Nigéria, no entanto, outra onda de violência anticristã já ceifou pelo menos 86 vítimas no país mais populoso da região centro-norte da África, que em abril próximo irá às urnas para eleger um novo presidente.
O "massacre de Natal" começou na noite do dia 24, com o assalto contra duas igrejas cristãs em torno da capital do Estado de Borno, Maiduguri, no qual morreram pelo menos 6 pessoas, incluindo um ministro batista, reverendo Bulus Marwa, segundo informou Compass Direct News em 28 de dezembro. A violência continuou com uma série de atentados contra alvos cristãos na periferia de Jos, capital do Estado do Plateau, definido por Avvenire (28 de dezembro) como o "muro de separação" entre as duas Nigérias: a muçulmana, formada por pastores de gado, no norte, e a cristã, animista e agrícola, do sul.
Fonte: Zenit
Fonte: Zenit
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