quarta-feira, 4 de maio de 2011

São João d´Ávila poderá ser proclamado o 34° doutor da Igreja


A Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano examina nesta terça-feira a proclamação como Doutor da Igreja o espanhol São João de Ávila, um título outorgado em contadas ocasiões pela Igreja Católica, indicou a agência de notícias religiosas I.media. O Apóstolo de Andaluzia, como costumava ser chamado, era um convencido da necessidade da reforma, e para levá-la adiante cria na reforma do clero, pelo que seus escritos tiveram grande influência no Concílio de Trento.



O anúncio poderia ser dado em agosto, precisou a mesma fonte. A Igreja Católica conta com somente 33 doutores em dois mil anos de história, entre eles três mulheres.




O ano passado o Papa Bento XVI encorajou o estudo por parte do Vaticano da proclamação de São João de Ávila, cujos restos mortais permanecem na Igreja da Companhia de Montilla, onde faleceu em 1569, como Doutor da Igreja, após a visita que o bispo de Córdoba, Demetrio Fernández, fez à Roma em março, e na que o novo bispo apresentou essa possibilidade ao Papa.




A última pessoa que foi proclamada "doutor da Igreja" foi a santa francesa Teresa de Lisieux, ou Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897). Em 1997, o Papa João Paulo II fez dela a 33ª doutora da Igreja, e é conhecida como "Doutora do Amor".




São João de Ávila, nascido em Almodóvar do Campo, perto de Toledo (Espanha), em 6 de janeiro de 1500, era de ascendência judia e seus pais possuiam minas de prata em Sierra Morena e faleceu em Montilla, onde está enterrado, em 1569.




Começou a estudar Direito em Salamanca em 1514, mas desistiu pressionado por sua devoção e se retirou para sua terra natal Almodóvar, onde fez vida de dura penitência. Escreveu um célebre comentário ao salmo XLIV Audi filia, et vide para uma senhora convertida por ele, que foi publicado em Alcalá clandestinamente em 1556 e mais tarde expandido.




Pode-se considerar essa obra um verdadeiro compêndio de ascética, e o rei Felipe II a teve em tanta estima que pediu que não faltasse nunca em El Escorial. Sua enorme influência como pregador provocou inveja e alguns clérigos o denunciaram perante a Inquisição seviliana em 1531. Desde esse ano até 1533, João de Ávila esteve encarcerado e foi processado pela Inquisição.




Se lhe atribui com grande fundamento o soneto anônimo "Não me move, meu Deus, para querer-te..." que é uma das jóias da mística castelhana. O Apóstolo de Andaluzia, como costumava ser chamado, era um convencido da necessidade da reforma, e para levá-la adiante cria na reforma do clero.




São João e Santo Inácio de Loiola (1491-1556) mantiveram um importante intercâmbio de cartas. Igualmente manteve contatos com Santa Teresa de Ávila (1515-1582) e fundou seminários e universidades.




Doutor da Igreja é um título que o Papa outorga oficilamente à certos santos para reconhecê-los como eminentes mestres da fé para os fiéis de todos os tempos. Os "doutores da Igreja" têm exercido uma influência especial sobre o desenvolvimento do Cristianismo, lançando as bases da doutrina sucessiva.

3 comentários:

  1. Salve Maria!

    Gostaria de lhes fazer uma pequena correção: é São João de Ávila.
    Mas com certeza São João da Cruz é um excelente candidato à Doutor da Igreja, porque realmente merece. Rezemos por isso.

    Ad Jesum per Mariam,
    Sara Rozante

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  2. Muito Obrigado pela correção. Aliás São João da Cruz já é doutor da Igreja, conhecido com doutor místico.
    Por um momento pensei que fossem o mesmo santo, pois São João da Cruz também é de Ávila-Espanha.

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  3. É verdade.
    Quero me desculpar também pela gafe: São João da Cruz já é doutor mesmo.

    Que esses dois grandes santos intercedam por nossa Santa Madre Igreja, e mais especificamente pelo Santo Padre Bento XVI.

    Ad Jesum per Mariam,
    Sara Rozante

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