quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cardeal Marc Ouellet ataca a Teologia da Libertação em reunião do CELAM

O Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), Cardeal Marc Ouellet, afirmou que só a prática de um "cristianismo profundo" resolverá o problema da pobreza na América Latina e não as ideologias políticas como a teologia marxista da libertação.

"A Igreja interveio com documentos muito acertados para marcar a diferença entre uma teologia e uma ideologia de tipo marxista. Houve uma purificação interna nesta corrente e na Igreja mesma houve uma transformação", disse esta segunda-feira ao jornal uruguaio El País.

O também Prefeito da Congregação para os Bispos disse que agora o que se vê na Igreja na América Latina é uma orientação "para a evangelização e a nova evangelização. O tom mudou e isso é muito positivo. Há uma nova consciência, o cristianismo tem algo que contribuir à sociedade latino-americana e não demos tudo o que poderíamos ter dado".

"Caíram as ideologias. O cristianismo volta a flutuar neste momento da história como a grande esperança da humanidade", afirmou o Cardeal, que participa no Uruguai da 33ª Assembléia Geral do CELAM.(Acredito piamente que o cardeal não tenha visitado minha diocese, pois se não ele saberia que a TL ainda causa danos terríveis à Igreja no Brasil)

Vida e Família

Na entrevista, o Cardeal reiterou que a Igreja defende a vida e a dignidade humana desde a concepção ante as tentativas para legalizar o aborto. "O respeito à vida humana é um princípio fundamental", afirmou.

O Cardeal Ouellet também defendeu o verdadeiro matrimônio e advertiu que a legalização do matrimônio homossexual "não é uma ajuda à família que está fundada na relação de um homem com uma mulher onde há conjugalidade, fecundidade possível e isso é a base da sociedade. O estado deve reconhecer que a família, fundada por um homem e uma mulher, é a base da sociedade".

A autoridade vaticana reiterou a política de "tolerância zero" contra os casos de abusos contra menores por parte de alguns sacerdotes. "A Igreja levou muito a sério estas coisas", assegurou.

"Talvez no passado não houve uma consciência tão aguda destes fenômenos de abuso sexual, agora com os corretivos que foram contribuídos e a disciplina existe uma toma de consciência e purificação".
"Espera-se que o que a Igreja faça em seu interior leve frutos na sociedade. Espera-se que o exemplo que a Igreja está dando na luta contra os abusos produza frutos e em outros ambientes", afirmou.
 
Fonte: ACIdigital

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