Em sua habitual coluna no jornal espanhol El Pais, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, assinalou este domingo que o êxito da recente Jornada Mundial da Juventude em Madrid fez evidente que ocidente necessita do catolicismo para subsistir.
Em seu artigo chamado "A festa e a cruzada", Vargas Llosa, que se declara agnóstico e é um constante caluniador dos ensinos da Igreja, elogia o espetáculo de Madrid "invadido por centenas de milhares de jovens procedentes dos cinco continentes para assistir à Jornada Mundial da Juventude que presidiu Bento XVI".
No texto recolhido também em sua edição de hoje pelo jornal vaticano L’Osservatore Romano, Vargas Llosa, nascido no Peru mas de nacionalidade espanhola, afirma que a JMJ foi "uma gigantesca festa de moças e rapazes adolescentes, estudantes, jovens profissionais vindos de todos os lados do mundo a cantar, dançar, rezar e proclamar sua adesão à Igreja Católica e seu ‘vício’ ao Papa".
"As pequenas manifestações de leigos, anarquistas, ateus e católicos insubmissos contra o Papa provocaram incidentes menores, embora alguns grotescos, como o grupo de energúmenos visto jogando camisinhas em umas meninas que… rezavam o terço com os olhos fechados".
Segundo Vargas Llosa existem "duas leituras possíveis deste acontecimento": uma que vê na JMJ "um festival mais de superfície que de entranha religiosa"; e outra que a interpreta como "a prova de que a Igreja de Cristo mantém sua pujança e sua vitalidade".
Depois de mencionar as estatísticas que assinalam que apenas 51 por cento de jovens espanhóis se confessam católicos, mas só 12 por cento pratica sua religião, Vargas Llosa diz que "desde meu ponto de vista este paulatino declínio do número de fiéis da Igreja Católica, em vez de ser um sintoma de sua inevitável ruína e extinção é, aliás, fermento da vitalidade e energia que o que fica dela –dezenas de milhões de pessoas– veio mostrando, sobre tudo sob os pontificados de João Paulo II e Bento XVI".
"Em todo caso, prescindindo do contexto teológico, atendendo unicamente a sua dimensão social e política, a verdade é que, embora perca fiéis e encolha, o catolicismo está hoje em dia mais unido, ativo e beligerante que nos anos em que parecia prestes a rasgar-se e dividir-se pelas lutas ideológicas internas".
Vargas Llosa se pergunta se isto é bom ou mau para o secularismo ocidental; e responde que "enquanto o Estado seja laico e mantenha sua independência frente a todas as igrejas", "é bom, porque uma sociedade democrática não pode combater eficazmente os seus inimigos –começando pela corrupção– se suas instituições não estiverem firmemente respaldadas por valores éticos, se uma rica vida espiritual não florescer em seu seio como um antídoto permanente às forças destrutivas".
"Em nosso tempo", segue Vargas Llosa, a cultura "não pôde substituir à religião nem poderá fazê-lo, salvo para pequenas minorias, marginais ao grande público"; porque "por mais que tantos muito brilhantes intelectuais tentem nos convencer de que o ateísmo é a única conseqüência lógica e racional do conhecimento e da experiência acumuladas pela história da civilização, a idéia da extinção definitiva seguirá sendo intolerável para o ser humano comum, que seguirá encontrando na fé aquela esperança de uma sobrevivência além da morte à qual nunca pôde renunciar".
"Crentes e não crentes devemos nos alegrarmos pelo ocorrido em Madrid nestes dias em que Deus parecia existir, o catolicismo ser a religião única e verdadeira, e todos como bons meninos partíamos de mãos dadas ao Santo Padre para o reino dos céus", conclui.
Fonte: ACIDigital
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A modéstia cristã
Por respeito à igreja, que é a casa de Deus, lembro às senhoras e moças que, observando a modéstia cristã, não entrem nas igrejas de calças compridas, saias acima do joelho, muito justas, transparentes ou decotadas.E nem de mini-blusa ou blusa sem manga.Já para os homens, convêm também lembrar que não entrem nas igrejas com shorts, bermudas e camisetas sem manga ("Cavada").
Devo também lembrar que convém às mulheres terem a cabeça coberta dentro da igreja, conforme a palavra de São Paulo Apóstolo: "Por acaso é decente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com véu?" (I Cor 11,13).
Também disse São Paulo Apóstolo:
"É impróprio para uma mulher falar na assembléia (I Cor 14,35)"."A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão.Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio (I Tm 2,11-12)"
"As meninas e senhoras que se apresentarem imodestamente vestidas, sejam afastadas da Sagrada Comunhão e não admitidas a servir de madrinhas nos Sacramentos de Batismo e da Confirmação, e sendo caso disso impeça-se-lhes a entrada no templo". (Instrução da Sagrada Congregação do Concílio contra a imoralidade das modas femininas 12/01/1930).
Observai as religiosas, vejam como elas se vestem, guardando a modéstia cristã.
São Cipriano de Cartago, falando das mulheres do mundo, diz: "As que andam ornadas com colares de ouro e de pérolas, perdem todos os atavios da alma."(De Disc. et Hab. Virg.)
Dizia Santo Afonso Maria de Ligório citando São Gregório Nazianzeno: "O ornamento das mulheres virtuosas deve consistir em levar uma vida irrepreensível, entreter-se muitas vezes com Deus na oração, ser assídua e aplicada ao trabalho para fugir da ociosidade, resguardar os olhos e refrear a língua com a modéstia e o silêncio".
Disse São Paulo Apóstolo:
"Quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres que professam a piedade" (I Tm 2,9-10)
"Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva.E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão.Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade" (I Tm 2,13-15)
O modelo que as mulheres devem inspirar para as suas vidas é a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA!Ela é o modelo que inspirou as santas da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, a observarem a modéstia!!!
E eis o que diz as Sagradas Escrituras sobre as mulheres que guardam a modéstia:
"Não te afastes da mulher sensata e virtuosa(...); pois a graça de sua modéstia vale mais do que o ouro" (Eclo 7,21)
"A graça de uma mulher cuidadosa rejubila seu marido, e seu bom comportamento revigora os ossos.É um dom de Deus uma mulher sensata e silenciosa, e nada se compara a uma mulher bem-educada.A mulher santa e honesta é uma graça inestimável; não há peso para pesar o valor de uma alma casta" (Eclo 26,16-20)
Termino com as falas da Beata Jacinta Marto (11/03/1910 - 20/02/1920):
"Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne.Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor.As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda.A Igreja não tem modas.Nosso Senhor é sempre o mesmo" (As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia, pg 66)
Devo também lembrar que convém às mulheres terem a cabeça coberta dentro da igreja, conforme a palavra de São Paulo Apóstolo: "Por acaso é decente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com véu?" (I Cor 11,13).
Também disse São Paulo Apóstolo:
"É impróprio para uma mulher falar na assembléia (I Cor 14,35)"."A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão.Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio (I Tm 2,11-12)"
"As meninas e senhoras que se apresentarem imodestamente vestidas, sejam afastadas da Sagrada Comunhão e não admitidas a servir de madrinhas nos Sacramentos de Batismo e da Confirmação, e sendo caso disso impeça-se-lhes a entrada no templo". (Instrução da Sagrada Congregação do Concílio contra a imoralidade das modas femininas 12/01/1930).
Observai as religiosas, vejam como elas se vestem, guardando a modéstia cristã.
São Cipriano de Cartago, falando das mulheres do mundo, diz: "As que andam ornadas com colares de ouro e de pérolas, perdem todos os atavios da alma."(De Disc. et Hab. Virg.)
Dizia Santo Afonso Maria de Ligório citando São Gregório Nazianzeno: "O ornamento das mulheres virtuosas deve consistir em levar uma vida irrepreensível, entreter-se muitas vezes com Deus na oração, ser assídua e aplicada ao trabalho para fugir da ociosidade, resguardar os olhos e refrear a língua com a modéstia e o silêncio".
Disse São Paulo Apóstolo:
"Quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres que professam a piedade" (I Tm 2,9-10)
"Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva.E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão.Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade" (I Tm 2,13-15)
O modelo que as mulheres devem inspirar para as suas vidas é a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA!Ela é o modelo que inspirou as santas da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, a observarem a modéstia!!!
E eis o que diz as Sagradas Escrituras sobre as mulheres que guardam a modéstia:
"Não te afastes da mulher sensata e virtuosa(...); pois a graça de sua modéstia vale mais do que o ouro" (Eclo 7,21)
"A graça de uma mulher cuidadosa rejubila seu marido, e seu bom comportamento revigora os ossos.É um dom de Deus uma mulher sensata e silenciosa, e nada se compara a uma mulher bem-educada.A mulher santa e honesta é uma graça inestimável; não há peso para pesar o valor de uma alma casta" (Eclo 26,16-20)
Termino com as falas da Beata Jacinta Marto (11/03/1910 - 20/02/1920):
"Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne.Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor.As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda.A Igreja não tem modas.Nosso Senhor é sempre o mesmo" (As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia, pg 66)
Fonte: voltaparacasa
domingo, 28 de agosto de 2011
A terrível situação da França, outrora filha primogênita da Igreja
La cantidad total de mezquitas en Francia ya se ha duplicado, superando las dos mil en los últimos diez años, según una investigación titulada: Construir mezquitas: El gobierno del islam en Francia y en Holanda. El líder islámico francés más conocido, Dalil Boubakeur, rector de la Gran Mezquita de París, recientemente hipotetizaba que, para satisfacer la creciente demanda, la cantidad total de mezquitas deberá duplicarse hasta llegar a cuatro mil.
Sólo un 4.5% de católicos practicantes
Si bien el 64 % de la población francesa (41,6 millones de personas sobre 65 millones de habitantes) se define católica romana, sólo el 4,5 % (aproximadamente 1 900 000 personas) es católica practicante, según el Instituto Francés de la Opinión Pública (IFOP).
Siempre en el campo de las comparaciones, el 75 % (4,5 millones) de los alrededor de 6 millones de musulmanes norteafricanos y subsaharianos en Francia se identifica como «creyente”, y el 41 % (aproximadamente 2,5 millones) sostiene ser «practicante”, según un informe sobre el islam en Francia publicado por el IFOP el 1.º de agosto pasado. La investigación afirma que más del 70 % de los musulmanes franceses dice cumplir con el Ramadán en el 2011.
Los musulmanes piden usar templos católicos vacíos
Reuniendo estos elementos, estos datos proporcionan una evidencia empírica de la tesis según la cual el islam se encuentra en vías de superar al catolicismo romano como religión dominante en Francia. Desde el momento en que los números crecen, los musulmanes en Francia se están volviendo más afirmativos que antes. Un caso a modo de ejemplo: grupos musulmanes en Francia están pidiendo a la Iglesia católica el permiso para utilizar sus iglesias vacías como instrumento para resolver los problemas de tránsito provocados por los miles de musulmanes que rezan en las calles.
En un comunicado del 11 de marzo pasado, dirigido a la Iglesia en Francia, la Federación Nacional de la Gran Mezquita de París, el Consejo de Musulmanes Democráticos de Francia y un grupo islámico llamado Collectif Banlieues Respect pidieron a la Iglesia católica, con espíritu de solidaridad interreligiosa, que permitiera que las iglesias vacías fueran utilizadas por los musulmanes para la oración del viernes, de modo que “no se vean obligados a rezar en la calle” o “sean tenidos como rehenes por los políticos”. Cada viernes, miles de musulmanes en París y en otras ciudades francesas bloquean calles y aceras (y, como consecuencia, bloquean el comercio local y dejan atrapados a los residentes no islámicos en las casas y en las oficinas) para ubicar a los fieles que no logran entrar en la mezquita para la oración del viernes. Algunas mezquitas han comenzado a transmitir sermones y cantos de “Allahu Akbar” en las calles. Estos inconvenientes han provocado ira y reacciones contrarias, pero a pesar de muchas quejas oficiales, las autoridades no han intervenido hasta ahora, por temor a generar incidentes.
La extrema derecha se opone radicalmente
La cuestión de las oraciones callejeras alcanzó el lugar de prioridad de la agenda política francesa cuando, en diciembre del 2010, Marine Le Pen, la nueva líder carismática del Frente Nacional, las denunció como “una ocupación sin soldados ni tanques de guerra”.
Durante una reunión en la ciudad de Lyon, Le Pen comparó las oraciones islámicas callejeras con la ocupación nazi. Dijo: “Para aquellos que aman hablar tanto de la Segunda Guerra Mundial, podemos también hablar de este problema (NdR. las oraciones islámicas callejeras), porque se trata de una ocupación de territorio. Es una ocupación de secciones de territorio, de distritos en los cuales la ley religiosa entra en vigor. Es una ocupación. Naturalmente, no hay tanques de guerra ni soldados, pero no por eso deja de ser una ocupación que pesa fuertemente sobre los residentes”.
Muchos franceses están de acuerdo. De hecho, la cuestión de las oraciones islámicas callejeras —y la cuestión más amplia del rol del islam en la sociedad francesa— se ha convertido en un problema de primer orden, en vista de las elecciones presidenciales del 2012. Según un sondeo del IFOP, el 40 % de los franceses está de acuerdo con Le Pen en el hecho de que las oraciones callejeras parecen una ocupación. Otro sondeo publicado por Le Parisien demuestra que los votantes ven a Le Pen, que sostiene que Francia ha sido invadida por los musulmanes y traicionada por sus élites, como la mejor candidata para enfrentar el problema de la inmigración musulmana.
Sarkozy considera inaceptables las oraciones callejeras
El presidente francés Nicolas Sarkozy, cuya popularidad era en julio del 25 % —la cifra más baja registrada para un presidente saliente un año antes de las elecciones presidenciales—, parece, según TNS-Sofres, decidido a no dejarse superar por Le Pen en esta batalla. Recientemente, declaró que las oraciones callejeras son “inaceptables”, y que las calles no pueden convertirse en “una extensión de la mezquita”. Y advirtió que este fenómeno puede minar la tradición laica de Francia de separación entre Estado y religión. El ministro del Interior, Claude Guéant, dijo a los musulmanes de París, el 8 de agosto, que en lugar de orar en las calles pueden utilizar un cuartel en desuso. “El orar en las calles no es algo aceptable, debe terminar.”
Algunas declaraciones de líderes musulmanes no parecen destinadas a adormecer las preocupaciones de los franceses (y no sólo de los franceses). El primer ministro turco, Tayyp Erdogan, por ejemplo, dio a entender que la construcción de las mezquitas y la inmigración forman parte de una estrategia de islamización de Europa. Y repitió públicamente las palabras de una poesía turca, escrita en 1912, por el poeta nacionalista turco Ziya Gökalp: “Las mezquitas son nuestros cuarteles, los alminares, nuestras bayonetas, y los fieles, nuestros soldados”. El arzobispo emérito de Smirne, Giuseppe Germano Bernardini, narra la conversación que tuvo con un líder islámico: “Gracias a vuestras leyes democráticas, os invadiremos. Gracias a nuestras leyes religiosas, os dominaremos”.
Fonte: infocatolica
SÃO LUÍS IX, INTERCEDEI PELA FRANÇA TÃO CASTIGADA PELO SECULARISMO, MODERNISMO, ANTI-CLERICALISMO E AGORA PELOS PÉRFIDOS MAOMETANOS QUE NEGAM A REALEZA E A DIVINDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
DOM CLEMENTE ISNARD ÉS MORTO!
Confessai-vos com frequência !!!!
D. — E agora, Padre, tenha a bondade de me dizer: com que freqüência é bom chegar-se à Confissão?
M. — Com a máxima freqüência possível. Os Santos foram os primeiros a dar-nos o exemplo, tanto que pode parecer exagero a freqüência com a qual se chegavam à Confissão.
Citarei alguns deles: São Francisco no seu regulamento de vida, escrevia: Confessarme-ei de dois em dois e, no máximo, cada três dias. São Vicente de Paula confessava-se duas vezes por semana, São Felipe Néri um dia sim e outro não, e o mesmo queria que fizessem os seus religiosos. São Vicente Ferrer, São Carlos Borromeu, Santo Inácio de Loiola, São Luiz Bertrando, Santo André Avelino e muitos outros se confessavam diàriamente.
D. — Mas, Padre, isso é exagero; talvez o fizeram por passatempo ou por escrúpulo.
M. — Nada disso. Todos eles eram trabalhadores, bem longe estavam, de se deixarem dominar pelos escrúpulos. Faziam-no para se manterem numa grande pureza de consciência, e para poderem gozar das inúmeras vantagens deste Sacramento.
São Leonardo de Porto Maurício, o infatigável apóstolo italiano, depois de ter tido o belo hábito de se confessar diariamente com constância, chegando aos quarenta e dois anos, pensou em duplicar a dose e escreveu no seu regulamento particular: "De agora em diante confessar-me-ei duas vezes por dia, para aumentar a graça que espero tornar maior com uma única confissão do que com muitas boas obras, de qualquer espécie".
D. — Padre, creio que aqui podemos aplicar provérbio: o apetite vem comendo!
M. — É mesmo! Quando se trata de confissão freqüente é assim mesmo. Felizes daqueles que sentem essa fome e essa sede espiritual, enquanto que aqueles que ficarem afastados morrerão de inanição.
D. — Diga-me, Padre, esses Santos usavam esse remédio divino só para uso próprio?
M. — Pelo contrário! Inculcavam-no constantemente nos outros, e se tornavam seus dispenseiros generosos à custa dos maiores sacrifícios. S. Felipe Néri costumava pregar que, se ele estivesse com um pé no Paraíso, e se alguém o chamasse para confessar, teria voltado para ouvi-lo.
Santo Antônio pregava ao seu povo: Mesmo que eu esteja descansando venham, batam a porta, acordem-me para que eu os possa confessar. São Francisco de Sales interrompeu uma viagem para confessar um pobre velho. Quê direi então do Beato Sebastião Volfré, do Beato Cafasso, São João Borco e outros tantos sacerdotes que passavam noites inteiras no confessionário, até mesmo nos hospitais e nas prisões?
D. — Isto prova que a confissão é tudo, não é Padre?
M. — Justamente! É com isto que conseguiam sanear cidades e nações corrompidas pelos maus costumes. É por este ministério que se distinguem os verdadeiros artífices do Evangelho.
D. — Quanto a mim, Padre, quanto mais eu me confesso, pior eu fico... tenho sempre mais defeitos.
M. — Isso não é verdade! São defeitos que você já tinha e não conhecia. A confissão o ilumina para que você os deteste, os combata e os corrija. "Cada absolvição, diz-nos o admirável Santo que foi S. Francisco de Sales, cada absolvição é um novo sol que ilumina a câmara escura da consciência".
D. — Se assim é, todo o cristão devia chegar-se a confissão o mais possível. Todavia não haverá uma regra para as diversas classes de pessoas?
M.— Há sim; e é esta: Para viver uma "vida cristã" basta confessar-se tantas vezes quantas forem necessárias para evitar o pecado mortal, porque com o pecado mortal, nossa alma está morta, e não somos filhos nem apóstolos de Jesus. Para levar uma vida piedosa, o mínimo que podemos fazer é ao menos uma confissão por mês, digo ao menos porque, podendo, seria preferível que nos confessássemos mais a miúdo, não deveríamos conciliar uma devoção sincera com a negligência de um tal meio de santificação.
Para almas realmente fervorosas, que aspiram a uma união íntima com Deus, é indispensável a Confissão semanal, pois que a confissão é não só o remédio, mas também um fortificante, e precisamos freqüentá-la com curtos intervalos de tempo, afim de que o seu efeito não sofra interrupções.
D. — Padre, o que vem a ser essa união íntima com Deus?
M. — É o que os teólogos chamam de "vida íntima", o Santo Vianney, cura de Ars, a descreve assim: "A vida interior é um banho de amor no Sangue de Jesus Cristo no qual a alma mergulha e fica como afogada. Deus sustém estas almas como uma mãe sustém a cabeça de seu filho entre as mãos para cobri-la de beijos e carícias".
D. — Como são felizes essas almas! E a confissão semanal é necessária para elas?
M. — É, e não devemos deixá-la por negligência porque todos os outros meios não seriam bastantes sem constância na confissão.
D. — Padre, não seria bom se nos confessássemos até mais de uma vez por semana, como os Santos?
M. — Tratando-se de sacerdotes, respondo afirmativamente, segundo o conselho e a prática dos Santos. Sendo eles os dispenseiros quotidianos do Sangue de Jesus Cristo na confissão, quem ousaria limitar-lhes o uso?
Tratando-se de outras pessoas, contanto que não estejam em estado de pecado mortal, a melhor regra é a de se confessarem uma vez por semana.
D. — Por quê?
M. — Porque uma longa experiência nos mostrou de perto que, salvo poucas exceções, a confissão mais freqüente que de oito em oito dias, principalmente quando se trata de mulheres, não forma almas santas, ruas as torna escrupulosas e egoístas. Quem sentir maior desejo de absolvição recorra à absolvição espiritual.
D. — Absolvição espiritual?!... Eu nunca ouvi falar nisso, Padre.
M. — Entretanto, assim como há a Comunhão espiritual há também a absolvição espiritual. Nem isso deve causar-lhe admiração: se a "contrição perfeita" com o desejo da confissão, é capaz de cancelar da nossa alma os pecados mortais, também pode certamente produzir o mesmo efeito com os veniais.
D. — Assim, não é só uma absolvição por semana que podemos obter, mas quantas quisermos, mesmo mais de uma por dia?
M. — Justamente!
D. — Mas, se estivermos em estado de pecado mortal e se houver possibilidade de nos confessarmos?
M. — Então vão se confessar quantas vezes for necessário, e o mais cedo possível, quanto a mim, devo dizer que sempre me arrependi todas as vezes que adiei a confissão. Até bom que ponham em prática a conselho de São Felipe Néri e do seu digno imitador D. Bosco: "Nunca te vás deitar para dormir com um pecado mortal na alma".
Monsenhor de Ségur conta que um menino tinha justamente prometido a Jesus que nunca haveria de ir dormir com pecado na alma. Ora, aconteceu que, tendo ele um dia cometido um pecado, quis cumprir a promessa. Apesar de ser já noite, criou coragem, foi confessar-se e voltou agradecendo a Deus de coração pelo que fizera. Bom para ele Assim que se deitou adormeceu e, dormindo sonhou com Jesus e Maria Santíssima; ouviu as melodias celestiais e voou, voou pelo espaço infinito do Paraíso. De manhã, sua mãe, vendo que ele demorava muito para se levantar, foi acordá-lo; chamou-o e ele não respondeu, sacudiu-o e ele não se mexeu. Estava morto! E, no seu rosto, cândido como um lírio brilhava a auréola dos santos!
D. — Feliz criança! A confissão livrou-a do pecado e do inferno.
M. — Justamente! Podemos pois chegar à conclusão de que, se a confissão é muitas vezes penosa, o seu fruto é sempre doce e suave, que a inocência, a castidade, a felicidade, o dever, a vida cristã e por conseguinte a verdadeira alegria e a paz, são frutos da confissão freqüente; que da mão direita do confessor, derivam sempre vantagens infinitas; que ela é um meio poderoso de educação e que podemos temer tudo da parte de quem não se confessa.
Um ministro inglês, desejando conhecer Dom Bosco, do qual tanto ouvia falar, e, para aprender o seu método de educação, foi para Turim e pediu licença para visitar o Oratório Salesiano, Dom Bosco acolheu-o com benevolência e acompanhou-o na visita daquela casa enorme. A maravilha do ministro aumentava à medida que atravessava laboratórios e repartições, e ele elogiava a ordem e a disciplina perfeita que ali reinava. Mas quando foi introduzido na sala enorme, onde estudavam, com a máxima seriedade, e no meio do mais perfeito silêncio, mais de quinhentos jovens, vigiados somente por dois seminaristas, a surpresa transformou-se em estupor e, virando-se para D. Bosco exclamou:
— Senhor Abade, não sabe que isto é um espetáculo magnífico? Diga-me, por favor, qual é o seu segredo para obter tanto silêncio e tanta disciplina?
— Senhor Ministro, respondeu Dom Bosco, o meu segredo não serve para os senhores.
— E por quê?
— Porque pertence aos católicos, e os senhores são protestantes. O meu segredo é a confissão freqüente e semanal.
— Sendo assim, falta-nos realmente esse poderoso meio de educação; mas não o poderíamos suprir por outros?
— Eh! não! Quando não se usa esse elemento de religião, é preciso recorrer à bengala.
— Então, Padre, ou bem a religião, ou bem a bengala?
— Sim, ou religião ou bengala.
— Muito bem, muito bem! Ou religião, ou bengala: compreendo, quero contar isso em Londres.
Ângelo Brofferio, grande advogado e insigne poeta piemontês, tendo perdido a velha e fiel criada, tomou a seu serviço uma moça de vinte anos, natural de Castelnuovo Calces, sua pátria. Depois de poucos dias, a empregada chega-se ao patrão, e chorando lhe diz:
— Desculpe-me, patrão, mas eu não posso continuar trabalhando para o senhor.
— Por quê?
— Porque o senhor não é muito de Igreja e naturalmente não me deixará assistir à Missa nos dias de festa e nem tão pouco que eu me confesse.
— E quem foi que lhe disse isso?
— Todos o dizem, fornecedores e inquilinos.
— Pois bem, você ficará trabalhando aqui e irá a missa todas as manhãs e irá confessar-se todos os domingos, porque acho que tudo se pode esperar de quem se confessa.
D. — Então, Padre, mesmo os que não são católicos praticantes acreditam na confissão e a exaltam?
M. — É justamente o que acontece!
D. — Mas por quê não fazem uso dela então?
M. — Porque têm medo de serem vencidos por ela. Eles sabem muito bem que a confissão é a varinha mágica, o anel encantado que faz prodígios, sabem que seria a alavanca poderosa que os levantaria acima dos vícios nos quais estão submersos, e justamente por isso a exaltam, mas fogem dela.
D. — Coitados! São como os doentes que se recusam a sarar de pena de deixar o hospital.
M. — Aqui, porém, não se trata de hospital, mas do perigo, da quase certeza de uma morte má, de um inferno eterno.
Falando nisso, lembro-me da anedota do menino teimoso:
Dois irmãozinhos foram mandados à escola para aprender a ler. O professor recebeuos com carinho e, começou pelo primeiro, fazendo-o repetir o alfabeto. Quando o pequeno acabou, elogiou e lhe deu um prêmio pela lição bem recitada. Preparou-se em seguida para fazer o mesmo com o segundo, e, com o livro na mão disse-lhe: "Vamos, agora é a sua vez". O rapazito olhou de esguelha para o professor e não abriu a boca. “Vamos diga a, você quer que pensem que seu irmão é mais aplicado do que você”? Será que é tão custoso dizer: a? O menino continuou mudo. "Por favor, não me faça perder a paciência, do contrário, logo no primeiro dia as coisas acabarão mal".
Foi tudo inútil: nem prêmios, nem ameaças, nem promessas, nem castigos, conseguiram induzir o cabeçudo a proferir uma única sílaba. Mais tarde, quando interrogado pelos colegas sobre a razão de teima, explicou: "Se eu disser a, tenho que dizer b e depois c e aprender a ler, e a escrever, e depois vem a gramática e outras tantas complicações de ciências, e essa embrulhada não acabará senão no fins de muitos anos".
D. — Ah! que espertalhão. Nem queria começar para não ter que continuar!
M. — É assim mesmo! E no nosso caso então!
Quantos são aqueles para os quais é um aborrecimento começar a viver como bons cristãos, pela simples e única razão que, uma vez começado, é preciso continuar. E assim os coitados, vivendo numa espécie de Paraíso aqui na terra, deverão, depois de poucos anos, apresentar-se diante de Deus com as mãos vazias, e, o que ainda é pior, com a alma carregada de pecados, de remorsos e talvez até de escândalos, pelos quais serão condenados eternamente!
Fonte: derradeira de graças
terça-feira, 23 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
São João D´Ávila futuro doutor da Igreja
Como foi anunciado recentemente na Jornada Mundial da Juventude, Sua Santidade Bento XVI irá declarar São João D´Ávila como o 34° doutor da Igreja. Por essa ocasião nosso blog apresenta uma pequena biografia deste grande santo, não muito conhecido no Brasil, mas que possui grande devoção principalmente nos países de língua espanhola.
João de Ávila nasceu no ano de 1500 na pequena cidade de Almodóvar del Campo, na Diocese de Toledo. Seus pais, Alonso de Ávila e Catarina Xixón, eram "dos mais honrados e ricos do lugar". O pai descendia de "cristãos novos" (judeus convertidos).
Precoce na inteligência e piedade, notava-se nele desde menino uma já notável mortificação, muita propensão para a oração, devoção profunda ao Santíssimo Sacramento e um amor especial pelos pobres.
Aos 14 anos foi mandado para a famosa Universidade de Salamanca para estudar Direito. Não terminara ainda esse curso quando, sentindo um apelo especial de Nosso Senhor para Seu inteiro serviço, abandonou o estudo voltando para casa. Nela permaneceu três anos em grande recolhimento, oração, penitência e freqüência aos Sacramentos. Passava várias horas do dia em adoração diante do Sacrário.
Seu intenso amor de Deus dirigiu-o, enfim, ao sacerdócio, pelo desejo de atrair o maior números de pecadores a seu Criador. Continuou assim seus estudos na não menos famosa Universidade de Alcalá, onde foi discípulo do renomado Domingos de Soto, que predisse ao seu aluno um brilhante futuro.
No dia de sua ordenação, o Pe. João de Ávila vestiu e serviu com as próprias mãos refeição a 12 mendigos em honra dos Apóstolos. Único herdeiro da grande fortuna dos falecidos pais, vendeu tudo, distribuindo o obtido aos necessitados. Desde então passaria a viver de esmolas.
Começou então "uma vida austeríssima, de grande recolhimento e mortificação, dada à oração e favorecida com extraordinárias visões e revelações". "Às mortificações do corpo, juntava as do espírito. Morria todos os dias para si mesmo pela prática de uma renúncia absoluta, de uma humildade profunda e de uma inteira obediência".
Apóstolo da Andaluzia
Sedento de almas, o jovem sacerdote dirigiu-se a Sevilha com o intuito de embarcar para as Índias, a fim de converter a multidão de pagãos que morria sem conhecer o verdadeiro Deus. Enquanto esperava a partida, um dia em que celebrava a Missa e pregava em uma paróquia da cidade, foi ouvido pelo Servo de Deus, Pe. Fernando de Contreras. Vendo o grande tesouro espiritual que se encerrava naquele sacerdote de aspecto humilde e mortificado, quis saber de quem se tratava. Conhecendo assim o projeto do Pe. João de Ávila, pediu o referido Pe. Fernando ao Grande Inquisidor que ordenasse ao sacerdote, em nome da santa obediência, que permanecesse na Espanha, onde poderia obter também imensos frutos. Dessa forma começava sua carreira apostólica o grande Apóstolo da Andaluzia.
"O Espírito Santo fala por sua boca"
Como pregador, o Pe. Ávila adquiriu logo grande renome. Escolheu São Paulo como modelo e patrono. Preparava-se para cada sermão com muita oração e penitência, a fim de obter que a graça divina o assistisse e a seus ouvintes.
Aos poucos a fama do novo pregador espalhou-se por toda a Andaluzia. "Sua popularidade é extraordinária. Quando prega, lotam-se as igrejas e tem que fazer seus sermões nas praças públicas". "Dir-se-ia que o Espírito Santo falava por sua boca, de tal modo seus sermões estavam cheios desses traços de fogo que convertem e mudam os corações. Ele retirava do vício aqueles que nele estavam enchafurdados, e confirmava no bem aqueles que não se tinham desviados das vias da justiça".
Não é de admirar que, durante seus sermões "até os rapazes que o ouviam, choravam; e quando terminava o sermão, era coisa maravilhosa ver as pessoas que o seguiam beijando-lhe as mãos e a roupa e mesmo os pés, se não houvera impedido".
Os sermões do Pe. Mestre Ávila tornaram-se tão famosos, que as pessoas dirigiam-se já de madrugada às igrejas onde ia pregar, para obter um bom lugar. Às vezes, sendo pequena a igreja, ele tinha que pregar nas praças públicas. E, lotando-se estas, as pessoas subiam até nos telhados das casas para ouvi-lo, ficando por mais de duas horas presos às suas palavras.
Ante o Tribunal da Santa Inquisição
Naquela época em que toda a Europa era abalada por cismas e pseudo-reformadores, e na própria Espanha uma seita, a dos iluminados, sob aparências de alta virtude, enganava muita gente piedosa, o Santo Tribunal da Inquisição estava muito ativo para opor-se a qualquer novidade duvidosa. Fala a favor dessa instituição tão caluniada, o fato de que vários Santos, acusados por inimigos, foram a ela levados, julgados e, evidentemente, inocentados. Assim sucedeu com Santo Inácio de Loyola e com a grande Santa Teresa de Jesus.
Da mesma forma coube ao santo Mestre Pe. Ávila a glória de ser acusado por invejosos perante o temível Tribunal, e de permanecer nele preso enquanto corria seu processo. Nesse isolamento concebeu uma de suas mais famosas obras, Audi, Filia (Ouve, Filha) escrita para uma de suas dirigidas a quem desejava elevar a eminente santidade.
Evidentemente, foi comprovada a inocência do Santo, fazendo tal evento brilhar mais sua ortodoxia.
Conselheiro de Prelados e correspondência com Santos
Para sustentar os inúmeros discípulos que se formaram a seu redor, o Pe. Mestre Ávila dedicava boa parte de seu tempo à correspondência e a escrever obras espirituais.
Diz o grande teólogo Frei Luís de Granada que "as cartas lhe chegavam de todas as partes da Espanha. E, em seus últimos anos, era ele conselheiro nato de vários prelados, como o Arcebispo de Granada, D. Pedro Guerrero, D. Cristóbal de Rojas, bispo de Córdoba e D. Juan de Ribera, bispo de Badajoz e mais tarde arcebispo de Valência". Este último seria também elevado à honra dos altares.
São João de Ávila manteve correspondência com quase todos os Santos espanhóis contemporâneos seus, como São Pedro de Alcântara, Santo Inácio de Loyola, Santa Teresa de Jesus, São Francisco de Borja e São João de Ribeira.
Humildade do Santo em face de Santo Inácio
Se bem que o Pe. Mestre de Ávila tenha atraído muitos discípulos, não formou ele nenhuma Ordem religiosa. Mas, ao conhecer melhor a Companhia de Jesus, disse ao jesuíta Pe. Villanueva: "Isso é o que eu andava atrás há tanto tempo. E agora dou-me conta de que não me saía porque Nosso Senhor havia encomendado esta obra a outro, que é vosso Inácio, a quem tomou por instrumento do que eu desejava fazer e não conseguia".
Santo Inácio o tinha em alta conta, escreveu-lhe diretamente, e ordenou aos seus representantes na Espanha – inclusive a São Francisco de Borja que acabara de ser recebido na Companhia – que visitassem o Pe. Mestre de Ávila e tudo fizessem para atraí-lo para sua Ordem. O Mestre Ávila respondeu diretamente a Santo Inácio que estava disposto a nela entrar se não estivesse constantemente tão doente. Mas aconselhou a trinta dos seus melhores discípulos que o fizessem. Doou à Companhia de Jesus vários dos colégios por ele fundados, e quis ser enterrado na igreja da Ordem em Montilla.
Os jesuítas da Espanha tinham por ele grande veneração, consultavam-no em casos difíceis, e o assistiram em seu leito de morte.
Plêiade de discípulos admiráveis
Aos poucos, muitos discípulos, atraídos por sua santidade, haviam se reunindo em torno do Pe. Mestre Ávila. Inúmeros leigos, alguns da alta nobreza, também puseram-se sob sua direção. Houve casos, como o da Condessa Ana Ponce de León, em que não só a castelã, mas todas suas donzelas de serviço entregaram-se definitivamente a uma vida verdadeiramente religiosa. Três de suas convertidas, por ele dirigidas, morreram em odor de santidade, tendo sido favorecidas com grandes graças místicas.
Um outro grupo de discípulos seus, liderados pelo Servo de Deus Pe. Mateus de la Fuente, dedicou-se à vida contemplativa como solitários junto ao monte Tardón, restaurando depois na Espanha a primitiva Ordem de São Basílio. Outros ainda aderiram à reforma de Santa Teresa, vindo a tornar-se proeminentes Carmelitas Descalços. Um terceiro grupo, infelizmente, veio a ser o desgosto de sua vida. Entregues estes membros também à vida contemplativa, apesar das admoestações veementes e enérgicas do Santo --- que via o perigo que corriam por buscar o deleite espiritual pelo deleite em si -- dele se afastaram, acabando por seguir a seita dos iluminados e serem condenados pela Inquisição.
Vocação especial diante do sofrimento
A partir dos 50 anos, ou seja, nos últimos 19 anos de sua vida, o Pe. Mestre João de Ávila esteve sempre doente, algumas vezes impossibilitado mesmo de levantar-se, seja com alta febre, seja com terríveis dores renais (descobriram-se três pedras em seus rins, depois de sua morte). Nem por isso deixava de atender aos inúmeros visitantes ou de ditar cartas para os seus dirigidos. À primeira melhora, já estava no púlpito.
"Sua ânsia pelo martírio se satisfazia no leito de dor, e constantemente repetia: ‘Senhor meu! Cresça a dor, e cresça o amor, que eu me deleito em padecer’". Quando as dores eram mais insuportáveis, bem espanholamente exclamava: "Senhor: mais mal, e mais paciência". E, também: "Fazei comigo, Senhor, como faz o ferreiro: mantende-me com uma mão, e batei-me fortemente com a outra".
Às dores abdominais, acrescentaram-se, nos meses anteriores à sua morte, outras agudíssimas no ombro e lado esquerdo das costas. No mês de março, o médico, como verdadeiro católico, lhe disse: "Senhor, agora é o tempo em que os verdadeiros amigos digam as verdades: vossa reverendíssima está morrendo. Faça o que é necessário para a partida". O Pe. Mestre Ávila elevou os olhos ao céu numa súplica à Santíssima Virgem, e pediu em seguida os Sacramentos que recebeu com a mais tocante piedade.
Aos sacerdotes da Companhia de Jesus que acorreram junto ao seu leito de morte, perguntou: "Padres meus: o que costumam dizer aos que serão enforcados ou queimados quando os acompanham ao patíbulo?". Responderam eles: "Que ponham sua confiança em Deus e nEle confiem". O moribundo então suplicou-lhes: "Meus padres, digam-me então muito isso".
Na madrugada do dia 10 de maio de 1569, o Pe. Mestre João de Ávila foi receber no céu "o prêmio demasiadamente grande que Deus reserva àqueles que O amam". A uma discípula foi revelado por um anjo que sua alma não passara pelo Purgatório, mas fora diretamente para o Céu .
Santa Teresa de Ávila, que estava em Toledo na casa de Dona Luisa de la Cerda, quando recebeu a notícia pôs-se a chorar copiosa e sentidamente. Às Irmãs que lhe perguntaram a razão desse tão profundo pranto, uma vez que o Pe. Mestre de Ávila deveria já estar gozando de Deus, respondeu: "Disso estou bem certa. Mas o que me dá pena é que a Igreja de Deus perde uma grande coluna, e muitas almas, um grande amparo que tinham nele, que a minha, apesar de estar tão longe, o tinha por causa disso obrigação".
Os desígnios de Deus são imperscrutáveis. Apesar de todos esses sinais e testemunhos universais de santidade, o Pe. Mestre Ávila só foi beatificado em 1894 portanto, mais de três séculos depois e seria canonizado quase oitenta após a beatificação, em 1970!
Fonte: lepanto
domingo, 21 de agosto de 2011
Confirmadíssimo: Rio de Janeiro será a sede da próxima jornada mundial da juventude
O Papa Bento XVI anunciou oficialmente neste domingo que o Rio de Janeiro será a próxima cidade a receber a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013.
O anúncio foi feito durante missa de encerramento do evento, que ocorre neste ano em Madri, na Espanha, após uma vigília ao longo da madrugada. Brasileiros presentes na missa cantaram trecho de "Cidade Maravilhosa" após anúncio oficial. Para esperar a divulgação da cidade como sede da JMJ, 7 mil jovens participaram de outra vigília no Maracanãzinho, no Rio.
No sábado, em um hotel de Madri, autoridades da Igreja brasileira e do governo do Rio de Janeiro se encontraram para falar da próxima jornada.“Comparando com a Copa do Mundo, teremos mais gente no Rio quando do encontro da Juventude com o Papa”, disse o prefeito Eduardo Paes. O governador Sérgio Cabral afirmou que vai pôr à disposição toda a infraestrutura da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Os hotéis e pousadas, colégios e igrejas e até estádios”, garantiu.
Fonte: g1
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Gilles Bouhours, mensageiro de Nossa Senhora ao papa Pio XII
Gilles Bouhours nasce em 27 de Novembro de 1944, em Bergerac, sul de França. Quando tinha apenas 1 ano, foi curado milagrosamente, graças à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus. Aos 4 anos foi portador de uma mensagem de Maria Santíssima, na qual se lhe ordenava que a sua missão era ir até ao Papa Pio XII para lhe transmitir o que a Virgem lhe tinha comunicado. Nada se sabe da entrevista do Papa com o menino, que teve lugar em Maio de 1950, exceto o que o Pontífice deu a conhecer: o menino comunicou-lhe, da parte da Mãe de Deus, que esta Senhora, depois da sua vida mortal, subiu ao Céu em corpo e alma.
Precisamente, o Papa Pio XII havia pedido a Nosso Senhor um sinal sobrenatural para decidir-se a proclamar o dogma da Assunção de Maria. O pequeno Gilles foi o sinal que o Céu outorgou ao Pontífice, e assim, em 1 de Novembro de 1950, foi proclamado o Dogma da Assunção de Nossa Mãe Celestial.
A partir dos seus quatro anos, o pequeno Gilles teve autorização para comungar. A sua devoção a Jesus Sacramentado era extraordinária. Também desde a mais tenra idade manifestou o seu desejo de ser sacerdote e missionário. Em 12 de Junho de 1949 fez a Primeira Comunhão, e dois meses depois manteve o seguinte diálogo com um missionário conhecido:
- Que queres ser quando fores grande?
- Sacerdote.
- E porquê queres ser sacerdote?
- Para pôr Jesus na Hóstia Sagrada.
- Não gostavas também de ser missionário?
- Que quer dizer missionário?
- É um sacerdote que faz com que se amem muito a Jesus e a Maria.
- Sim, sim, claro que gostaria de ser missionário.
Este desejo chegou a ser nele como uma obsessão, traduzindo-se numa fome insaciável do Pão dos Anjos. Não temia a frio, nem nada deste mundo, quando ia comungar. O seu recolhimento era algo insólito e nada usual. Inclusivamente chegou – nunca como um jogo, ou para se divertir – a celebrar “Missas Brancas”, o que significava recitar num altar, disposto num compartimento de sua casa, todas as orações da Missa, tais como as diz o sacerdote, do princípio ao fim, sem que se produzisse a Consagração, como é lógico, mas revestido com os paramentos que previamente lhe tinham confeccionado para esse efeito, tendo em conta a sua estatura. Os sermões que pregava às pessoas que presenciavam estas cerimônias, dignas de um anjo, eram cheios de profundidade e fervor, sem erro algum. É preciso dizer-se que, quando se entrevistou com Sua Santidade o Papa Pio XII, cantou a antífona litúrgica “Parce Domine”, com os braços em cruz e como o ensinou a Santíssima Virgem.
Certo dia protestou durante a refeição, porque não gostava muito da sopa. Tinha 5 anos. Seu pai disse-lhe que isso não agradava à Santíssima Virgem, porque era um capricho tolo. O menino, então, comeu a sopa toda sem recalcitrar e quando acabou, disse: «Papá, dá-me um pouco mais. Está tão boa, esta sopa!»
Seguidamente, transcreve-se uma pequena parte de um sermão que Gilles pronunciou em 13 de Setembro de 1952:
«Hoje vamos falar da Paixão de Jesus. Estava no Jardim das Oliveiras com três dos seus Apóstolos. Sabia muito bem que havia um que O ia atraiçoar e que se acercava d’Ele com má intenção. Era em plena noite, e Jesus encontrava-se sob o peso dos pecados dos homens. E orava a seu Pai, dizendo: Que este cálice… Então, dirigindo-se aos seus Apóstolos, que dormiam, disse-lhes: “Não podeis velar uma hora co’Migo? Vigiai e orai, porque vão entregar o Filho do Homem”.»
Admiráveis expressões na boca de uma criança. Muito poucos anos depois, Nosso Senhor levá-lo-á para o Céu.
Em 24 de Fevereiro de 1960 Gilles cai doente, com um misterioso torpor que nenhum médico conseguiu diagnosticar. Ao cabo de 48 horas, e após receber os últimos Sacramentos, o adolescente (15 anos) morre. Antes de expirar, disse: «Vou morrer, mas não choreis. Estou bem e contente.» Seguidamente, juntou as mãos e orou assim: «Meu Deus, peço-Vos perdão de todos os meus pecados… Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro…»
Entregou a sua alma a Deus em 26 de Fevereiro de 1960, às 6 horas da manhã. No seu túmulo estão gravadas estas palavras, que ele mesmo disse:
“Amai a Deus e a Santíssima Virgem.
Oferecei-Lhes todos os vossos sofrimentos
e assim recuperareis a paz da alma.” Gilles
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Um ano a serviço da Santa Igreja!
Queridos leitores,
Salve Maria!
Salve Maria!
Hoje nosso querido blog completa um ano. Agradecemos de coração a todos nosso leitores que de todas as partes do mundo tem nos visitado e ajudado em nosso apostolado. Peço de coração que não se esqueçam de nós em suas orações.
Que São Francisco de Sales nosso padroeiro interceda por cada um de vocês queridos leitores.
Ahh, Não se esqueçam de rezar pela intenção de Sua Santidade, que hoje chegará à Espanha para a Jornada Mundial da Juventude.
Obrigado
Pedro Henrique
Leonardo Henrique
Leonardo Henrique
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
São José Oriol
Foi num pobre lar de Barcelona, na Espanha, que José Oriol nasceu em novembro de 1650. Aos 18 meses perdeu o pai, e sua mãe voltou a casar-se com um honrado e piedoso sapateiro, que adoptou o pequeno órfão como seu próprio filho.
Os capelães de Santa Maria del Mar cuidaram da educação do menino, que, além de acolitar as Missas, era encarregado também da manutenção dos altares. O pequeno José desincumbia-se desses encargos com tanta piedade e espírito sobrenatural, que seus benfeitores reconheceram nele a vocação sacerdotal. Incumbiram-se de encaminhá-lo à Universidade de Barcelona para os estudos prévios à ordenação sacerdotal.
Entrementes, sua mãe, pela segunda vez viúva, caíra na miséria e não podia arcar com nenhuma despesa do filho. Foi sua ama e madrinha quem, embora também muito pobre, ofereceu-lhe um pequeno quarto para morar, sacrificando-se para ajudar a prosseguir seus estudos aquele adolescente, a quem amava como a um filho.
Aluno exemplar, José fez tão rápidos progressos nos estudos como já fizera na virtude.
Milagre prova inocência de José
Um acontecimento veio mostrar como a Providência protegia o jovem universitário. Tendo seu padrinho, por motivos fúteis, suspeitado de sua boa conduta, José, que disso tomou conhecimento por uma ajuda sobrenatural, quis provar sua inocência. Depois de negar o deslize de que era acusado, tomando a Deus como testemunha, pôs a mão sobre o fogo e a deixou até que o padrinho, arrependido de seu juízo temerário, pediu-lhe perdão. A mão nada sofrera.
Aos 23 anos, José recebeu o título de doutor e foi ordenado sacerdote.
Austeridade do “Doutor pão e água”
Para socorrer a pobreza de sua mãe, José entrou como preceptor em uma nobre e rica família. Sua vida exemplar e penitente logo lhe granjeou a estima de todos. Sua austeridade era tal que ele jejuava todos os dias a pão e água. Evidentemente, isso logo transpirou pelas ruas de Barcelona, e o povo lhe deu o epíteto deDoutor pão e água. Dominou de tal maneira o sono, que dormia apenas duas horas por noite, e assim mesmo sentado numa cadeira. Suas disciplinas eram tão rudes, que se ouviam em quase toda a casa os golpes que se aplicava.
Em 1686, perdeu sua virtuosa mãe. Vendo-se livre da obrigação de alimentá-la, partiu em peregrinação para Roma, sempre a pé e pedindo o alimento como esmola. Na Cidade Eterna visitou com devoção as relíquias por vários meses, e obteve do papa, bem-aventurado Inocêncio XI, um benefício eclesiástico na igreja de Nossa Senhora do Pinho, em Barcelona. Este permitir-lhe-ia viver sem preocupação pelo futuro, ao mesmo tempo que lhe proporcionava meios para satisfazer sua grande caridade em relação aos pobres.
Os beneficiados dessa igreja viviam em comunidade. Ao Padre José coube logo o encargo de enfermeiro. Fez sua morada num estreito desvão, no qual colocou apenas um Crucifixo, uma mesa, uma cadeira, alguns livros, e um baú para sua roupa. Tudo o que ele recebia na igreja ia directamente para os pobres, que logo descobriram o dia e o esperavam em fila diante do templo. Para satisfazer sua grande caridade, a Providência muitas vezes multiplicava o dinheiro em suas mãos.
Socorrido pela Providência na perseguição
Com um dom especial para dirigir almas, um número crescente de pessoas de todas as condições sociais colocou-se sob sua direcção. E muitos queriam emular com o mestre no rigor de suas penitências.
Como sempre acontece com aqueles que desejam levar uma vida de perfeição, acenderam-se contra ele as invejas e perseguições dos maus. A exemplo de Nosso Senhor, foi ele odiado porque fazia o bem. Por isso, desencadeou-se uma surda campanha contra o santo confessor, e os rumores chegaram ao conhecimento do Bispo da cidade. Afirmavam que o Padre José era imoderado em suas penitências e imprudente na sugestão de mortificações. O Prelado, sem muita análise e de modo temerário, foi logo suspendendo-lhe a faculdade de ouvir confissões e dirigir almas.
“Não será por muito tempo” – afirmou profeticamente o Padre José ao saber da medida tomada pelo Bispo. E, com efeito, seja por castigo divino ou outra causa, a morte levou em breve o Prelado. E seu substituto – talvez por ter-se melhor informado, talvez por medo do que acontecera com seu antecessor, ou mesmo por virtude – praticou o ato de justiça de devolver a José as licenças retiradas.
Vendo muitos meninos expostos aos maiores perigos nas ruas da cidade, José passou a ir ao encalço deles, levando-os para a igreja e ensinando-lhes o catecismo. Os soldados também foram objecto de sua caridade, e os atraía pela doçura e afeição.
Zelo missionário e desejo do martírio
Entretanto, o zelo do Padre José era demasiado grande para se circunscrever aos limites de Nossa Senhora do Pinho. Logo começou a pensar nas missões e na conversão dos infiéis. Desejava derramar seu sangue pela fé em terras ignotas.
Assim, um dia, sem dizer nada a ninguém, partiu a caminho de Roma para colocar-se à disposição da Congregação da Propaganda Fidei, encarregada das missões. Mas, ao chegar a Marselha (na França), foi acometido de violenta moléstia que pôs em risco sua vida. Apareceu-lhe então a Virgem Santíssima, que lhe restituiu a saúde e disse-lhe que Deus estava contente com seu sacrifício. Mas queria que ele voltasse a Barcelona, que era seu campo de missão, e se dedicasse a cuidar dos doentes. Nessa ocasião contava ele 47 anos.
Enorme reputação do grande taumaturgo
Na viagem de volta, em determinado momento o mar tornou-se tão furioso, que todos no navio julgaram chegada sua última hora. O Padre José foi ao tombadilho e estendeu as mãos sobre as águas revoltas, as quais se amainaram, permitindo então uma rápida e feliz viagem.
O reaparecimento do santo sacerdote secular na igreja Nossa Senhora do Pinho provocou manifestações de alegria de todos, especialmente dos pobres, seus beneficiados. Começa então o período dos grandes milagres do Santo, tão numerosos que, segundo um de seus biógrafos, para narrá-los todos seria necessário um livro.
A fama dos milagres que operou nos enfermos logo ultrapassou os limites de Barcelona e da Catalunha, difundindo-se por toda a Espanha. De inúmeras regiões traziam-lhe doentes para que lhes impusesse as mãos e os curasse. O Santo sempre recomendava aos enfermos que rezassem diariamente três Padre-nossos, três Ave-Marias e três Glórias. Como lia os corações, se percebia que o doente estava em estado de pecado, convidava-o secretamente a reconciliar-se com Deus e a voltar outro dia. Seu amor às almas e seu horror ao pecado eram maiores que seu desejo de aliviar as dificuldades materiais.
Sua notoriedade tomou tal vulto, que seu confessor o proibiu de curar na igreja, devido ao grande tumulto que faziam os enfermos antes e depois de curados. Mas Deus tinha seus caminhos, e pouco depois o mesmo confessor caiu e quebrou uma perna. Foi procurar seu penitente na igreja, pedindo-lhe sua cura que, obtida, provocou também a suspensão da ordem dada.
“Bendita a mãe que um dia te amamentou”
Um fato encantador sucedeu com o Santo, certo dia em que saiu da cidade para visitar enfermos. Tendo que atravessar o rio Bésos, estava caminhando milagrosamente sobre a superfície da água quando ouviu tocar oAngelus. Não teve dúvidas: ajoelhou-se sobre o lençol líquido e rezou devotamente essa oração.
O Santo empregava mil meios para esconder seus milagres e atribuí-los ora à fé dos doentes, ora à misericórdia de Deus. Mas, um dia, certa mulher, no auge da admiração, exclamou: “Bendita a mãe que um dia te amamentou”. Ora, os invejosos da graça fraterna estão por toda parte. Uma pessoa que ouviu tal exclamação escandalizou-se e repreendeu a mulher. Mal havia acabado de repreendê-la, quando sentiu seus braços paralisados. E teve que ir implorar humildemente ao Santo que lhe restituísse os movimentos.
Previsão de perseguições à Igreja
Ao dom de milagres, São José Oriol unia o da profecia. Assim, anunciou com precisão as terríveis perseguições que a Igreja sofreria no final do século XVIII. Predisse também a data de sua morte.
Sabendo que seus dias estavam contados, e querendo morrer pobre como vivera, foi à casa de um amigo, a quem pediu que lhe preparasse um leito, luxo de que se privara havia 25 anos. Pouco depois, sentiu-se repentinamente doente. Era o dia 8 de março de 1702.
A notícia correu célere por toda Barcelona, provocando grande consternação. Alguns vinham saber notícias suas, outros ofereciam-lhe meios para um tratamento curativo, outros procuravam-no somente para vê-lo. O Santo esforçava-se por consolar os que via chorar, prometendo-lhes que não lhes faltaria depois da morte.
A 22 de março, recebeu com júbilo e devoção os últimos Sacramentos, preparando-se para a última viagem. No dia seguinte, pediu aos meninos da capelania da igreja Nossa Senhora do Pinho que lhe cantassem oStabat Mater. São José Oriol seguiu o cântico com grande devoção, interrompendo-o com exclamações de amor a Deus e a Nossa Senhora. Em determinado momento, olhou fixamente seu Crucifixo e entregou a alma a Deus. Era o dia 23 de março de 1702. Contava ele apenas 52 anos de idade.
São José Oriol foi beatificado pelo Papa Pio VII, em 15 de maio de 1806, e canonizado por São Pio X, em 20 de maio de 1909, festa da Ascensão.
Fonte: alexandrinabalasar
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