quarta-feira, 30 de março de 2011

As verdades sobre a Santa Inquisição

Informações recentes, provenientes de Roma e de outras cidades européias, reabriram a polêmica sobre o tribunal da Santa Inquisição. Como quase todos pensam saber o suficiente sobre tão famosa instituição, talvez careça de interesse ler algo mais sobre o particular.
Você gostaria de por à prova sua erudição? Rogo, pois, ao senhor leitor, se digne responder tão somente a três perguntas:

1. Qual foi a Inquisição medieval mais cruel?
A: a francesa.
B: a alemã.
C: a espanhola.

2. A quem perseguiu com mais afinco?
A: aos anglicanos.
B: aos luteranos.
C: aos judeus.

3. Quantas pessoas condenou à morte?
A: 100.000.
B: 200.000.
C: 300.000

Se na primeira pergunta elegeu a alternativa C, equivocou-se mais ou menos; exatamente ocorre algo similar se na segunda elegeu a mesma alternativa. Em quanto à terceira, as três são igualmente falsas. Satisfeito? Se errou as três respostas, você precisa seguir lendo este artigo.

Depois de muitos anos de manipulação midiática, conseguiu-se instalar na consciência da maior parte dos católicos uma disparatada ideia do que foi realmente a Inquisição. Já não somente não se pensa em seu caráter de santa, senão que, esquecendo-se que era um simples tribunal, muitos imaginam cenas ridículas como essas, dignas de qualquer “lenda das trevas”.


Origem do tribunal

Nada é mais conveniente para conhecer a natureza de uma instituição humana que conhecer sua origem. Nela encontramos claramente expressa a finalidade perseguida por seus autores, à que se adéquam os meios empregados que permitem julgar seu êxito ou fracasso. Mas, antes de narrá-lo, devemos remontar-nos ao século XII e aclarar os fatos que o iluminam: o redescobrimento do direito romano e o nascimento da heresia albigense.
Para dizer a verdade, o direito romano nunca se perdeu ao todo, mas desse século datam os grandes glosadores e comentaristas – Irnerio e Búlgaro – que lhe deram grande autoridade. Então descobriu-se que a justiça romana torturava os réus se eram bárbaros ou escravos; porque, segundo criam, seu testemunho somente poderia ser aceitado se se mantinha sob tortura. Até essas datas na Idade Média não se aplicava tão cruel método judicial, simplesmente porque os bárbaros germanos o desconheciam – salvo a flagelação, como castigo e não como tortura – e custou muito que se impusesse, pois monges e teólogos o consideraram indignos de almas cristãs. Desgraçadamente, as últimas resistências cessaram quando Inocêncio IV, mediante a Bula Ad Extirpandam de 15 de Maio de 1252, autorizou seu emprego na Inquisição. Esta Bula contradizia a decisão de Nicolas I, quem, em 866, a tinha proibido. Claro que os tribunais civis tinham esquecido fazia muito tempo o Papa Nicolas, apesar de que, no começo, a Inquisição se abstinha completamente de seu uso. Além da tortura, os medievais encontraram outra pena surpreendente: a de morta na fogueira para os que praticassem a magia negra e que, nos últimos anos imperiais, aplicou-se aos hereges.

Sua Santidade Gregório IX (reinou entre os anos 1227 e 1241). Entre outras obras de seu pontificado, instituiu a Santa Inquisição e preparou a sexta Cruzada.


A heresia dos albigenses (ou cátaros) produziu comoção nas autoridades civis e religiosas da época. Sua doutrina destruía por completo seu mundo, pelo qual não a podiam tolerar. No âmbito civil se proibia o juramente, fundamento de toda estrutura feudal da época; além disso, ao proibir o matrimônio, afetava tanto a sociedade civil como a religiosa. Mas isto não é tudo: aprovavam o suicídio e rejeitavam toda guerra, ainda a defensiva e, evidente, a pena de morte. Foi tal a indignação que produziu essa doutrina, que a Santa Sé mudou sua doutrina multissecular. Assim, por exemplo, quando o imperador Máximo condenou à morte o herege Prisciliano – sob instâncias dos Bispos Hidácio e Itácio – em 385, o Papa São Sirício e os Bispos Santo Ambrósio de Milão e São Martin de Tours protestaram indignados contra a pena. São Leão Magno estabeleceu que o derramamento de sangue repugnava a Igreja e o XIº Concílio de Toledo proibiu participar em juízos de sangue (ou seja, que implicassem a pena de morte) os que administravam os sacramentos. Até estas datas – ou seja, até o século XII – a Igreja contentava-se com as penas espirituais. Mas diante da perversidade da nova heresia, destruidora por completo da vida social, decidiram acudir ao poder secular e pregar a cruzada. A guerra desatada por estes fatos foi de extraordinária crueldade; a que já se tinha manifestado em outros lugares, como na Espanha sob Pedro II de Aragão.
Até o século XII, em consequência, não se aplicava, de ordinário, a pena de morte aos hereges; nos poucos casos conhecidos, o normal era o cárcere, o desterro ou a confiscação de seus bens. Evidente que, se havia arrependimento, não se impunha nenhuma pena. Pelo mais, o cárcere se reduzia, na maioria das vezes, à obrigação de habitar em um convento. Ainda não havia um tribunal ad hoc: a Santa Inquisição ia nascer no século seguinte em muito curiosas circunstâncias.
O imperador Federico II, bastante indiferente em matéria de fé e entusiasta admirador da cultura árabe, foi quem desencadeou os acontecimentos que levaram à sua criação. Em 1224 se restabeleceu a pena de morte no fogo decretada pelo antigo direito romano e a aplicou com rigor e critério mais político que religioso. Em verdade, a arbitrariedade do imperador e sua codícia são bem conhecidos. Quantos inocentes condenou? O Papa Gregório IX, em 1231, teve de sair ao passo de tanta injustiça do único modo que lhe era possível: já que as acusações eram de índole espiritual, o juiz devia ser adequado à natureza do delito perseguido. Em consequência, entre o tribunal civil que acusava o réu e este, introduziu-se uma cunha: a Santa Inquisição. Deste modo, poderia desaparecer a paixão política e a codícia que tanto dano tinham feito. E, para assegurar a independência do tribunal, centralizou-o em Roma e o encarregou à Ordem dos Pregadores, que tinha sido recentemente fundada por Santo Domingo de Gusmão. Deste modo os inquisidores procediam com total independência e buscavam, em primeiro lugar, a conversão do herege. Como num começo somente havia suspeita, bastava que este jurasse submissão ao Pontífice para ficar livre de toda suspeita. Somente se julgava os obstinados, sempre que a evidência fosse abrumadora. Se durante o juízo o réu abjurava de seu erro, ficava livre do tribunal civil e a Santa Inquisição impunha-lhe penas espirituais, como rezar os salmos, fazer jejuns, etc. Se persistia em sua atitude herética, era entregue ao tribunal civil, quem o condenava à pena que estimasse conveniente. Pouco a pouco se foi generalizando a de morte na fogueira, em conformidade com o direito romano, tal como o conheceram naquela época.

São Domingos de Gusmão, o primeiro inquisidor, numa gravura que demonstra qual deve ser o destino dos maus livros.

Respondendo às perguntas

Estamos já em condições de responder ao perguntado ao começar estas breves linhas.
À primeira pergunta, para dizer a verdade, não se pode responder corretamente, posto que, nessa época não existiam os países atuais. Onde mais atuou a Inquisição foi, naturalmente, no sul da França e na Itália. Na Espanha somente houve Inquisição em Aragão; não houve em Castela nem em Portugal. Na Alemanha durou pouco tempo, se bem que o inquisidor Conrado de Marburg é famoso por seus abusos. De modo que, com as exceções postas, a resposta correta seria a alternativa B.
A segunda pergunta tampouco tem resposta, posto que não existiram nem anglicanos nem luteranos durante toda a Idade Média. Pelo demais, jamais a Santa Inquisição perseguiu os judeus, pela simples razão de que não são hereges. Na Idade Média a tolerância chegou ao extremo de proporcionar tal liberdade a judeus e árabes, que nas cidades havia bairros inteiros onde a vida era regida pelo Talmud ou pelo Alcorão e não pelas leis cristãs. Desde modo ficava protegida a liberdade de cultos. O que sim tinham proibido era o ascender a determinados cargos públicos e molestar os cristãos no exercício de sua fé; ou seja, exercer o proselitismo. Tal como hoje em dia se proíbe a cristãos em todos os países árabes e Israel. A única diferença radica em que hoje não há bairros cristãos nesses países.
A terceira pergunta tampouco tem resposta, posto que a Inquisição medieval jamais condenou ninguém à pena de morte. O tinha expressamente proibido, como vimos mais acima. Ela se limitava a “relaxar ao braço secular” – se se confirmava a denuncia – a quem o tribunal civil já tinha acusado. Por isso seu nome é “Inquisição”, isto é, “Investigação”. Se trabalho se limitava a exatamente isso: investigar se a acusação era correta ou não. Como seus membros eram frades, procuravam, por todos os meios a seu alcance, convencer os réus da verdade da religião católica. Por desgraça, por pressão do tribunal civil, creu-se conveniente fazer uso da tortura. Neste ponto somente se pode dizer que a Santa Inquisição foi a que limitou seu uso, com a intenção de não danificar a saúde do réu. Por isso os piores instrumentos de tortura logo foram distanciados do tribunal. Ainda se costuma mostrar em museus em diversos lugares do mundo sem distinguir os que punham em prática o tribunal civil e os que usava a Santa Inquisição. Mas é bom consignar que, na maioria dos juízos, jamais foram usados.

Juízo Liberal

Apesar do dito, o “juízo liberal” – ou seja, o fato em virtude das ideias liberais dominantes desde o século XVIII no Ocidente – foi de condenação sem atenuantes. Por que?
Em certa medida se deve às calúnias que com tanta facilidade e pouca cautela se creram. Não pouco se referem à Idade Média como 1.000 anos iluminados pelas fogueiras da Inquisição, a despeito da circunstância de que, como vimos, a Santa Inquisição nasceu no fim desses 1.000 anos. A ignorância chega a ser tal, que se supõe que jamais ninguém tivesse tomado banho nesses obscuros e tenebrosos séculos; quando o banho público era muito praticado na Idade Média, sendo suprimido durante o renascimento pela convicção de que as pestes se propagavam graças à água. A lista de calúnias é infinita e afeta todas as manifestações próprias dessa Idade sem que, por cento, a Santa Inquisição pudesse escapar delas. É tão grande o ódio contra este período histórico que o pouco de bom que não poderia ser negado, se atribui à influência oriental.
Mas isto não explica tudo. Também os horroriza o emprego da tortura. O curioso é que não julgamos da mesma forma o Império Romano, que tão abundantemente fez uso dela, nem aos tempos modernos e contemporâneos que bem poderia dar lições aos medievais nesta matéria.
Foi precisamente a Santa Inquisição a que começou a mitigar a dureza dos tribunais de justiça, e inclusive chegou a limitar a sessão de tortura a meia hora, depois da qual, o réu deveria se declarado inocente.
Proibiu-se todo método de danificar a saúde do réu e, finalmente, ordenou-se a presença de um médico que velasse pela saúde do torturado e de um advogado encarregado de sua defesa.
Há um argumento que, ainda que deixe frios aos não católicos, a nós nos resulta bastante convincente. Ocorre que a Inquisição de Aragão era regida pelo “Diretório” escrito por São Raimundo de Peñafort. Como se pode duvidar da legitimidade dos procedimentos inquisitoriais emanado da pluma deste Santo inquisidor?
Evidente que tudo isto não nos deixa satisfeitos, mas temos de ter cuidado ao julgar homens com outros costumes e convencidos por deferentes ideias que as nossas. De fato, neste século, presenciamos as piores torturas da história, e, como todos sabemos, seguem sendo empregadas um pouco por todo o mundo. Mas como não se reconhece o fato, não há medida alguma que proteja realmente o réu.
Há algo muito mais grave: o que menos pode suportar uma mente liberal é que alguém seja condenado por uma diferença de opinião. Já vimos que, na Idade Média, ninguém foi condenado por isso, senão pelo delito de heresia, ou seja, de traição. E não qualquer heresia, senão a dos albigenses, que provocou tantos distúrbios e uma sangrenta guerra. Os medievais julgaram que era necessário ir à raíz: às concepções destruidoras da paz social. Ainda que não o creia, querido leitor, hoje está sucedendo algo parecido. Na Alemanha, se você opina sobre a perseguição dos judeus pelos nazistas de maneira distinta da adotada pelo Estado Alemão, pode ser levado aos tribunais e julgado: tudo por uma diferença de opinião. Nos Estados Unidos, nenhum professor de biologia pode referir-se à criação dos seres vivos: tem que ensinar a hipótese de Darwin, a aceite ou não. Por acaso não estamos afirmando que, ao menos na América, não toleramos um governo que não seja democrático? Em virtude do qual não há escrúpulo algum em invadir uma pacífica nação que nenhum perigo encerra.
Tal qual parece que a Inquisição voltou, só que agora não pode ser chamada de “santa”.

Fonte: FSSPX-BRASIL

terça-feira, 29 de março de 2011

A vida de São Martinho de Lima


Nesta época impregnada de ódio social, de lutas de classes e raças, o exemplo desse santo mulato comprova como um espírito verdadeiramente católico e abrasado pelo amor de Deus e do próximo pode chegar aos píncaros da santidade, até nas mais adversas condições sociais Filho ilegítimo de João de Porres, nobre espanhol pertencente à Ordem de Alcântara e descendente de cruzados, e de Ana Velásquez, negra alforriada, Martinho nasceu no princípio de dezembro de 1579. De temperamento dócil e piedoso, desde pequeno foi ensinado pelo Espírito Santo na escola dos santos.
Ainda na infância seu pai o legitimou, bem como à sua irmãzinha Joana, levando ambos para Guayaquil, onde ocupava alto cargo no governo. Martinho teve assim a chance de aprender a ler e escrever. Quatro anos depois, nomeado governador do Panamá, João de Porres devolveu o filho à mãe, deixando a filha sob os cuidados de outros parentes.
De volta a Lima, Martinho entrou na qualidade de aprendiz na botica de Mateo Pastor, que exercia o ofício de cirurgião, dentista e barbeiro. Foi ali que o jovem mestiço aprendeu os rudimentos de medicina, que depois lhe seriam tão úteis no convento.
Se Martinho progredia no aprendizado do ofício, ainda muito mais avançava na ciência dos santos. Foi o que o levou, aos 15 anos, a pensar em servir somente a Deus, num convento.
Naquela feliz época de fervor religioso, a capital do Vice-Reino do Peru abrigava praticamente cinco santos em seus vários conventos, sendo dois de dominicanos — o da Madalena e o de Nossa Senhora do Rosário —, contando cada um deles com quase 200 religiosos.
 
O “doado”

Foi no convento de Nossa Senhora do Rosário que Martinho quis entrar na qualidade de doado, isto é, quase escravo. Comprometia-se a servir toda a vida, sem nenhum vínculo com a comunidade, e com o único benefício de vestir o hábito religioso. Ana Velásquez, num ato de desprendimento admirável, não só permitiu ao filho dar esse passo, mas quis ela mesma entregá-lo no convento.
Desde o primeiro dia Martinho dedicou-se de corpo e alma a servir seus irmãos nos ofícios mais baixos e humilhantes. Sempre animado por um profundo espírito sobrenatural, para ele era não só uma alegria, mas uma graça mesmo, fazer isso pelo amor de Deus.
Após o primeiro ano de prova, recebeu o hábito de doado. Mas isso não agradou ao orgulhoso pai, de quem levava o sobrenome. Dom João pediu aos superiores dominicanos que recebessem Martinho, de tão ilustre estirpe pelo lado paterno, ao menos na qualidade de irmão leigo. Ora, isso era contra as constituições da época, que não permitiam receber na Ordem pessoas de cor. O Superior quis que o próprio Martinho decidisse. “Eu estou contente neste estado — respondeu ele — porque no serviço de Deus não há inferiores nem superiores, e é meu desejo imitar o mais possível a Nosso Senhor, que se fez servo por nós”. Isso fechou a questão.
 
Na escola da humilhação

Esse ato de humildade foi um dentre os inúmeros que distinguiram o santo nesse período. Encarregado da enfermaria do convento, não lhe faltavam ocasiões de humilhar-se diante da impaciência que muitas vezes se apodera dos doentes, ainda mais em uma comunidade tão numerosa. Ele não bastava para atender a todos, o que provocava crises de mau humor em alguns mais impacientes. Num momento desses um religioso, que se sentia mal atendido, o chamou de “mulato cachorro”. Após o primeiro choque, Martinho dominou-se. Ajoelhando-se junto ao leito do enfermo, disse chorando: “Sim, é verdade que sou um cão mulato e mereço que me recordem disso, e mereço muito mais pelas minhas maldades”.
Outro doente que julgou ser mal atendido lhe disse: “Assim é a tua caridade, embusteiro hipócrita!? Agora é que eu te conheço bem!” Mas ficou edificado com a humildade e doçura com que o ofendido o tratou, e pediu-lhe perdão.
Apesar dessas atitudes, a virtude do doado foi sendo reconhecida por todos e ultrapassou os muros do convento. Isso levou os superiores a abrir exceção e receber Martinho como irmão leigo, ligando-se assim à Ordem pelos três votos.
 
Virtude heróica

Seu desapego de si mesmo foi heróico. Ouvindo um dia dizer que o convento estava em apuros financeiros, foi ao superior e disse que poderia ajudar a resolver o problema. Como? “Padre, eu pertenço ao convento. Disponha de mim como de um escravo, porque algo quererão dar por este cão mulato, e eu ficarei muito contente de ter podido servir em algo aos meus irmãos”. Emocionado com tanta virtude, o superior lhe respondeu: “Deus te pague, irmão; mas o mesmo Deus que te trouxe aqui encarregar-se-á de dar um remédio ao caso”.
Nunca ocioso e procurando sempre servir aos outros, o tempo parecia aumentar para Frei Martinho. Além de cuidar da enfermaria, varria todo o convento, cuidava da rouparia, cortava o cabelo dos duzentos frades, e era o sineiro, dispensando ainda de seis a oito horas por dia à oração. Chegou a adquirir algumas vezes as qualidades dos corpos gloriosos, e entrava através das portas fechadas ou mesmo das paredes, em aposentos onde sua presença era necesssária. Aparecia aqui, ali e acolá repentinamente, para satisfazer à sua caridade.
Tinha uma horta na qual ele mesmo cultivava as plantas que utilizava para suas medicinas. Com elas operava verdadeiros milagres. Dizia ao enfermo: “Eu te medico, Deus te cura”. E isso ocorria. Mas às vezes se valia das coisas mais diversas para comunicar sua virtude de cura, como vinho morno, faixas de pano para ligar as pernas quebradas de um menino, um pedaço de sola para curar a infecção de que sofria um outro doado, que era sapateiro.
Estando doente o Bispo de La Paz, de passagem por Lima mandou que chamassem Frei Martinho para que o curasse. O simples contato da mão do doado em seu peito o livrou de grave moléstia que o levava ao túmulo.
Entre os inúmeros milagres que se atribuem a Martinho, está o dom da bilocação (foi visto na mesma hora em lugares e até países diferentes) e o de uma ressurreição. Conta-se também que estava com outros dois irmãos longe do convento, quando soou a hora para reentrarem; a fim de não faltarem à virtude da obediência, deu ele a mão aos outros dois, e os três levantaram vôo, chegando assim ao convento no momento previsto.
 
A caridade supera a obediência

Frei Martinho transformou a enfermaria no seu centro de ação. A ela levava todos os enfermos que encontrava na rua, mesmo aqueles com maior perigo de contágio. Isso lhe foi proibido pelos superiores. Mas a caridade do santo não tinha limites. Por isso, preparou na casa de sua irmã, que vivia a duas quadras do convento, uns aposentos para receber esses doentes. E lá os ia tratar com suas mãos até que sarassem ou entregassem a alma a Deus.
Certo dia, entretanto, aconteceu que um índio foi esfaqueado às portas do convento. Frei Martinho não tinha tempo para levá-lo até a casa de sua irmã. Diante da urgência do caso, não teve dúvidas e cuidou do índio na enfermaria do convento. Quando este estava melhor, levou-o então à casa da irmã. Disso o superior não gostou, e repreendeu-o por ter pecado contra a obediência. “Nisso não pequei”, respondeu Martinho. “Como não?!”, perguntou o superior. “Assim é, Padre, porque creio que contra a caridade não há preceito, nem mesmo o da obediência”, respondeu o Santo.
Além de todas essas atividades, Frei Martinho saía também do convento para pedir esmolas para seus pobres e para os sacerdotes necessitados. Conhecendo sua prudência e caridade, muitos o encarregavam de distribuir suas esmolas, inclusive o Vice-Rei, que lhe dava 100 pesos mensais para isso.
 
Dom da sabedoria e do conselho

O dom da sabedoria era nele tão grande, que as mais altas personalidades de Lima recorriam a seu conselho. Também o futuro não lhe era desconhecido. Certa vez, um homem que ia para um ato pecaminoso foi retido por ele na porta do convento, em agradável e edificante conversação, levando-o a esquecer-se do tempo. Quando continuou seu caminho, soube que a casa aonde ia havia ruído, ferindo gravemente a mulher que nela estava.
Como fruto de seu alto grau de oração, Martinho tinha êxtases freqüentes, à vista de todos. Sua união com Deus era contínua. Para dominar suas inclinações, flagelava-se até ao sangue três vezes por dia, e durante os quarenta e cinco anos que permaneceu no convento jejuou a pão e água.
Gostava de ajudar a Missa e era grande devoto da Eucaristia. Quando caminhava, ia desfiando as contas de seu Rosário.
É fácil supor que o inimigo do gênero humano não pudesse suportar tanto bem, feito pelo humilde dominicano. Perseguia-o sem trégua, às vezes fazendo-o rolar pelas escadas, outras vedando-lhe o caminho quando ia socorrer algum necessitado. Frei Martinho costumava repeli-lo com o símbolo da Cruz.
Até mesmo os animais mais repelentes atendiam à sua voz. Quando os ratos tornaram-se problema para o convento, porque roíam todos os produtos armazenados com sacrifício, Frei Martinho pegou um deles que caíra na ratoeira e lhe disse: “Vou te soltar; mas vai e dize a teus companheiros que não sejam molestos nem nocivos ao convento; que se retirem para a horta, que eu lhes levarei comida todos os dias”. No dia seguinte todos os ratos estavam quietinhos na horta, esperando a comida que Frei Martinho lhes levava!
Finalmente Frei Martinho, com o corpo gasto pelo excesso de trabalho, jejum contínuo e penitência, sucumbiu aos 60 anos. Ao seu leito de moribundo acorreram o Vice-rei, Bispos, eclesiásticos e todo o povo que conseguiu entrar. Seu funeral foi uma glorificação. Todos queriam venerar aquele santo mulato que nunca procurara sua própria glória, mas somente a de Deus.

Fonte: lepanto 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Nosso Apóio ao Padre Leonardo Holtz


É com grande alegria que tornamos público nosso incondicional apóio ao Reverendíssimo Padre Leonardo Holtz em sua decisão de deixar a Arquidiocese do Rio de Janeiro e ingressar na nossa amada FSSPX.
Conte Rev Padre Leonardo com nossas orações!

Para conhecer melhor os motivos da decisão do Padre Leonardo Holtz para não se correr no risco dos  pré-julgamentos por parte dos legalistas:

sábado, 26 de março de 2011

Mais uma vez Nosso Senhor é maltratado por seus sacerdotes.


Este vídeo foi gravado no dia 25 de março de 2011, solenidade da Anunciação do Senhor, na Igreja Matriz de Sant´Ana em Lavras-MG. Esta missa foi rezado por um sacerdote da progressista congregação dos padres Dehonianos. Nota-se que o sacerdote permitiu aos fiéis tomarem por conta própria a hóstia diretamente na âmbula o que é proíbido pela Igreja. Também nesta missa ocorreram muitas outras aberrações litúrgicas como o fato de os leigos terem rezado parte da oração eucarística, a oração do dia, a oração sobre as oferendas e a oração pós comunhão. Também na proclamação do Santo Evangelho o padre pediu aos fiéis que ficassem santados. Como se não bastasse nas demais leituras o sacerdote se sentou no meio do povo abandonando sua sede no presbitério.

Façamos um ato de desagravo, pedindo a Nosso Senhor misericórdia pelo descaso que muitos sacerdotes têm para com a sagrada liturgia!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Há 20 anos entrava no céu Monsenhor Marcel Lefebvre


Hoje completa-se 20 anos do falecimento de Monsenhor Marcel Lefebvre. Aproveitamos a ocasião para homenagear este grande bispo e pedir que ele interceda por toda Igreja e de forma especial por todos os sacerdotes que mantém a fé e a verdadeira missa católica.


“Somos todos filhinhos Dele”.

Um dos mais emocionantes relatos que já li!

Via Fratres in Unum

Aqui

Dom Marcel Lefebvre, ora pro nobis!

Caminhada Quaresmal 2011 - Anunciação do Senhor


Evagelho do dia (Lc 1, 26-38)

Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”. Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

Meditação

Hoje a Santa Igreja faz uma pausa nas penitências e exercícios quaresmais para nos voltarmos ao imenso mistério da encarnação do Senhor.
A solenidade que hoje celebramos nos indica dois pontos principais de meditação:
1°) Deus que se digna a assumir a condição humana
2°) A prontidão de Nossa Santíssima Mãe em responder generosamente seu sim a vontade de Deus

O primeiro ponto que destaco para nossa meditação nos mostra o imenso amor com que Deus amou o mundo. O decreto da Trindade é um decreto de amor: porque Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho unigênito para resgatá-lo. Que grande valor o homem deve ter aos olhos de Deus, pois Ele enviou o Filho querido para restabelecer a ordem e chamar o homem de novo à vida. É um decreto trinitário: o Pai decide por amor, o Filho aceita em obediência amorosa e filial, o Espírito Santo realiza a encarnação com o consentimento de Maria. João Paulo II, na encíclica Redemptoris Mater, nos diz: "A anunciação é a revelação do mistério da encarnação exatamente no início da sua realização na Terra. A doação salvífica que Deus faz de si mesmo e da sua vida, de alguma maneira a toda a criação e, diretamente, ao homem, atinge no mistério da Encarnação um dos seus pontos culminantes. Isso constitui um vértice de todas as doações de graça na história do homem e do cosmos".
A Trindade escolheu um caminho misterioso para a redenção dos homens. Poderia ter escolhido uma redenção por decreto, por um ato de sua vontade. Deus é todo poderoso. Contudo, revela um plano inimaginável, o mistério arcano de que nos fala são Paulo. Dá uma grande volta quando podia ter sido feito algo direto. São Gregório de Nisa, na Oratio Catechetica Magna, comenta:
"No que diz respeito ao poder divino e supremo, nem a grandeza dos céus, nem o resplendor dos astros, nem a ordem do universo, nem a contínua providência sobre os seres manifestam com tanta força este poder como a sua condescendência para com a debilidade da nossa natureza, pois mostra como o alto, quando veio para o humilde, se deixa contemplar no humilde sem se rebaixar da sua altura, assim como a divindade se abraça com a natureza humana e se transforma nesta sem deixar de ser aquela...". Que testemunho podia ser mais claro da sua bondade do que o fato de Ele mesmo vir em busca de quem tinha passado para o lado inimigo?
No segundo ponto de nossa meditação nos deparamos com a atitude de Nossa Senhora diante de tremendo anúncio. Sem tempo para pensar, Maria responde seu sim a Deus. O sim de Maria não é um sim qualquer. Neste sim esta contido todo futuro da humanidade.
Pensemos na solicitude e na confiança que Nossa Senhora depositava na divina providência. Certamente não foi fácil para ela compreender o que se passava naquele momento. Uma jovem já comprometida seria mãe do Salvador de todo gênero humano. Porém Nossa Senhora responde um sim despreocupado dos problemas que viriam e totalmente confiante na providência divina. 
Assim também acontece conosco todos os dias. Nosso Senhor pede nosso sim despreocupado e confiante. Logicamente a missão de Maria é muito maior que nossa missão diária, porém devemos comprir com nosso sim com a mesma intensidade com que Ela o fez.
Que a Santíssima Virgem da anunciação interceda por nós e que Ela nos ajude a viver intensamente o tempo quaresmal  confiando acima de tudo em Nosso Senhor e buscando verdadeiramente a conversão.



V. Angelus Domini nuntiavit Mariae;
R. Et concepit de Spiritu Sancto.

V. Ecce ancilla Domini.
R. Fiat mihi secundum verbum tuum.

V. Et Verbum caro factum est.
R. Et habitavit in nobis.

V. Ora pro nobis, sancta Dei Genetrix.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Oremus:
Gratiam tuam, quaesumus, Domine, mentibus nostris infunde; ut qui, Angelo nuntiante, Christi Filii tui incarnationem cognovimus, per passionem eius et crucem, ad resurrectionis gloriam perducamur. Per eundem Christum Dominum nostrum.
R. Amen.


Amanhã a caminhada quaresmal seguirá para o blog: http://caritasdei.blogspot.com/ do Rev. Padre Jac

quinta-feira, 24 de março de 2011

Esteve o teólogo Joseph Ratzinger a favor do celibato voluntário?

Nestes últimos dias, o Cardeal-Arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, declarou mais uma vez ser a favor do celibato voluntário causando certo rebuliço e escândalo. Sabemos que o cardeal Schönborn é um dos cardeais mais progressistas do atual colégio cardinalício, porém nem todos sabem que ele foi aluno do então professor Joseph Ratzinger.
Naqueles anos da década de 60 e 70, pouquíssimos teólogos se mantiveram completamente ortodoxos em relação a doutrina. A Alemanha, terra de Joseph Ratzinger, certamente foi um dos epicentros do modernismo (foram os bispos alemães um dos grupos mais responsáveis pelas reformas do Concílio Vaticano II). Certamente o jovem teólogo Ratzinger foi contaminado de certa forma por essa pseudo-teologia herética que devastou a Igreja alemã. Todavia  mesmo dentro desta "bagunça teológica", que visava acabar com tudo de sagrado que Nosso Senhor deixou à Igreja, Ratzinger permaneceu o "mais tradicional" entre os teólogos daquele tempo.
Publicamos abaixo um texto muito interessante retirado a agência de notícias ACIDigital. Nele mostra como Ratzinger defendeu o celibato sacerdotal diante dos modernistas alemães que queria de qualquer forma relaxar ainda mais a disciplina eclesiástica.

O jornal vaticano L'Osservatore Romano (LOR) explicou o que realmente aconteceu com um memorando de 1970 no qual alguns teólogos alemães consideravam avaliar o celibato voluntário, e precisou que o então professor Joseph Ratzinger e agora Papa Bento XVI não se uniu a esta corrente, diante das versões jornalísticas que 40 anos depois o vinculam a esta postura.

O artigo -publicado na edição de 19 de março do LOR- explica que o memorando de 9 de fevereiro de 1970 foi escrito pelo jesuíta Karl Rahner e logo foi enviado a todos os bispos da Alemanha.

Nesse texto estava escrito à mão os nomes de nove dos onze teólogos membros da Comissão Doutrinal da Conferência Episcopal Alemã, entre eles "Joseph Ratzinger, Regensburg".

O memorando, explica o LOR, "queria suscitar entre os participantes na (assembléia) plenária da Conferência Episcopal Alemã, que se reuniria em Essen entre o 16 e 19 de fevereiro desse ano, uma nova discussão sobre o celibato, em reação à difusão, em janeiro de 1970, de uma carta dos bispos de língua alemã sobre o ministério sacerdotal. Uma diretiva bíblico-dogmática na qual o tema do celibato tinha apenas um papel secundário".

Na sessão da Comissão Doutrinal de 30-31 de janeiro de 1970 discutiram as primeiras reações a esta carta dos bispos. Os professores Karl Rahner e Joseph Ratzinger, entre outros, desculparam-se por não participar de tal reunião.

Uma semana e meia mais tarde, o memorando promovido por Rahner, foi enviado aos bispos para persuadi-los sobre a "necessidade de uma profunda revisão e um exame mais detalhado da norma do celibato na Igreja latina na Alemanha e em todo o mundo".

Em um primeiro momento, prossegue o LOR, não se fez público o memorando. Mas como não obteve a reação que esperava dos bispos, Rahner decidiu difundi-lo e assim apareceu no fascículo de março de 1970 da revista Orientierung dos jesuítas suíços.

O dado chave desta publicação é que no texto do memorando só se mencionava o nome de três teólogos, entre os quais não se encontrava o de Joseph Ratzinger.

Além desta explicação que esclarece a postura do professor Ratzinger, o LOR reproduziu um extenso artigo de sua autoria publicado originalmente no dia 28 de maio de 1970, poucos meses depois do episódio do memorando, no qual o então teólogo de 42 anos de idade aprofundava sobre o ministério sacerdotal.

Uma das principais ideias desenvolvidas no texto é que o fundamento sacerdotal está no sacrifício da Cruz de Cristo, que morreu crucificado tendo vivido o celibato toda sua vida, obediente e fazendo a vontade de Deus.

O então sacerdote, professor de teologia dogmática de Ratisbona (Alemanha) e membro da Comissão Teológica Internacional explicava que embora em alguns momentos da história alguns questionaram e questionam alguns dos acentos sacerdotais, "isso não põe em dúvida o sacerdócio como tal, menos para nós a quem foi irradiado como tarefa".
"A Cruz é e segue sendo o fundamento e o contínuo centro do sacerdócio cristão que só pode encontrar seu cumprimento na disponibilidade do próprio eu pelo Senhor e pelos homens. Nisso está o peso da ordem deixada por Cristo a sua Igreja".
"A medida é Ele, o Senhor mesmo", prossegue.

"Disto é também testemunha São Paulo (o Apóstolo das gentes que foi martirizado e viveu celibatário), primeiro perseguidor de Cristo que pôs à disposição da força de Deus a própria debilidade e por isso se converteu no testemunho mais forte daquela graça cujo anúncio e cuja representação é e seguirá sendo a tarefa mais alta do ofício sacerdotal de todos os tempos".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Foto do dia!


Após 40 anos sobre o mando de um Bispo ultraprogressista, Católicos do Vicariato Apostólico de São Miguel de Sucúmbios, Equador, agradecem ao Santo Padre por ter-lhes mandado um Administrador Apostólico dos Arautos do Evangelho.

terça-feira, 22 de março de 2011

Padre Donizetti, o taumatugo de Tambaú


Para conhecer a vida deste humilde sacerdote, tão famoso por seus inúmeros milagres e dons sobrenaturais e por sua imensa devoção a Santíssima Virgem Maria clique AQUI


segunda-feira, 21 de março de 2011

Belíssima casula romana do século XVII


Casula romana feita na século XVII. Atualmente se encontra na cripta da Basílica de São Rufino em Assis- Itália.

sábado, 19 de março de 2011

Cerca de mil jovens assistiram missa de desagravo após profanação gay em Madrid

Cerca de mil pessoas, entre eles estudantes da Universidade Complutense de Madrid e de outros centros universitários, professores e familiares de alunos acudiram esta sexta-feira à Missa de desagravo oficiada pelo Bispo Auxiliar de Madrid, Dom César Franco, para respaldar a liberdade religiosa.

A massiva assistência à cerimônia foi produzida depois de que 70 jovens irrompessem na capela do Campus de Somosaguas e se despissem da cintura para cima para protestar contra a Igreja no último 10 de março.

A calma reinou sobre os assistentes à Eucaristia, que foi concelebrada pelo Delegado de Pastoral Universitária, pelo Capelão do Campus e por outros capelães. Houve apenas um incidente quando uns estudantes insultaram umas alunas da Universidade de Psicologia.

Em sua oração, o Bispo Auxiliar de Madrid defendeu o direito de liberdade religiosa na Espanha e insistiu que existem ambientes para o debate e o diálogo, como por exemplo os centros universitários.

Assim, Dom Franco recalcou que precisamente a universidade é um "lugar próprio" para a reflexão e o diálogo destas questões. Segundo o prelado, resultam "incompreensíveis" os atos "vandálicos" ocorridos na capela do Campus de Somosaguas que "feriram a sensibilidade religiosa".

Além disso, recalcou que estes jovens "não representam o conjunto dos estudantes". Por isso, apelou à oração para evitar que situações como esta voltem a acontecer".

Dom Franco assinalou a intenção desta celebração é "reparar o mal cometido mediante a ação redentora de Cristo, que se oferece para o perdão dos pecados". "Nossa oração, unida à sua se converte em instrumento de paz e de concórdia para o mundo", afirmou.

Do mesmo modo, lamentou "com profunda dor" os fatos ocorridos na passada semana e reprovou que "esta pequena capela, lugar de culto e oração, que oferece aos universitários a possibilidade de encontrar-se com Cristo na Eucaristia diária e na liturgia da Igreja, tenha sido profanada com blasfêmias, ataques à Igreja e ao seu Magistério e com gestos e atitudes indignos da pessoa humana".

Juan Gómez, um estudante da Universidade Autônoma de Madrid, quis estar presente na Eucaristia para defender a liberdade religiosa. Assim, criticou as brigas ocorridas na passada semana, por isso pediu respeito à liberdade religiosa.

"Desde nossa fé, nós os perdoamos. Nós reclamamos respeito e liberdade. Nossa reivindicação é poder exercer nossos direitos com liberdade. O mais sagrado que temos é nossa fé e a defenderemos", recalcou.

Para saber como ocorreu a profanação AQUI

Fonte: ACIDigital

Sancte Ioseph, Dei Genitricis Sponse


Deus, qui inefabili providentia beatum Ioseph sanctissima Genitricis tuae sponsum eligere dignatus es: praesta, quaesumus, ut quem protectorem veneramur in terris, intercessorem habere mereamur in Caelis. Qui vivis et regna per omnia saecula saeculorum . Amem

Sancte Ioseph, ora pro nobis!

sexta-feira, 18 de março de 2011

"Jeito CNBB" de celebrar a quaresma

 Procissão realizada na diocese de Dourados-MS na quarta-feira de Cinzas. Esta "romaria" (palavra usada no site da CNBB) visava "comemorar" a abertura da ridícula Campanha da Fraternidade deste ano.

Fonte: cnbb

quinta-feira, 17 de março de 2011

Dança liturgica? - Uma interessante resposta do Cardeal Arinze

Em uma entrevista, foi perguntado ao Cardeal Francis Arinze a respeito de danças feitas durante a Santa Missa (uma prática muito comum em nossas paróquias, principalmente entre os "RCCistas"). Eis a interessante resposta dada pelo antigo prefeito da Sagrada Congregação para o Culto divino e disciplina dos sacramentos:

"Nunca houve documento da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos dizendo que a dança é permitida na Missa.
O assunto da dança é difícil e delicado. De qualquer modo, é bom saber que a tradição da Igreja latina não conhece a dança. É algo que as pessoas introduziram nos últimos 10 ou 20 anos. Nem sempre foi assim. E agora isso está se espalhando como fogo em todos os continentes – uns mais, outros menos. No meu continente, a África, está se espalhando, bem como na Ásia.
Agora, alguns padres e leigos acham que a Missa fica incompleta sem dança. O problema é: nós vamos à Missa, em primeiro lugar, para adorar a Deus – é o que chamamos dimensão vertical. Não vamos à Missa para entreter uns aos outros. Não é o objetivo da Missa. Pra isso existe o salão paroquial.
Então, para os que querem nos entreter – depois da Missa, vamos ao salão paroquial e vocês podem dançar. E nós vamos aplaudir. Mas quando vamos à Missa não vamos para aplaudir. Não vamos para observar ou admirar as pessoas. Queremos adorar a Deus, agradecer a Ele, pedir perdão pelos nossos pecados e pedir as coisas de que precisamos.
Não me interpretem mal, mas é que quando eu disse isso em outro lugar retrucaram “você é um bispo africano. Vocês, africanos, estão sempre dançando. Como é que você nos diz para não dançar?”
Um momento – nós, africanos, não ficamos dançando o tempo todo!
Além disso, existe uma diferença em relação aos que participam da procissão do ofertório. Eles trazem os dons, com alegria. Há um movimento do corpo para os lados. Eles trazem os dons para Deus. Isso é bom, de verdade. E o coro canta. Eles se movimentam um pouco, ninguém vai condenar isso. E quando você sai, se movimenta mais um pouco, e está tudo bem.
Mas quando você coloca, digamos, uma dançarina, eu preciso perguntar o que isso tem a ver. O que exatamente você pretende? E quando as pessoas acabam de dançar, na Missa, o resto aplaude – o que isso significa? Que nós gostamos. Que viemos pelo entretenimento. Façam de novo que gostamos. Mas então tem algo errado. Quando as pessoas aplaudem, tem algo errado – imediatamente. Uma dança terminou e eles aplaudem.
É possível que haja uma dança tão interessante que eleve as mentes para Deus, e assim eles estão rezando e adorando a Deus. Quando a dança termina, as pessoas ainda estão envolvidas na oração. Mas é esse o tipo de dança que temos visto? Perceba que não é fácil.
A maioria das danças feitas durante a Missa deviam ser feitas no salão paroquial – e algumas delas, nem mesmo no salão paroquial!
Em um lugar, não vou dizer qual, eu vi uma dança durante a Missa que era ofensiva, quebrava as regras da teologia moral e da modéstia. Quem quer que tenha montado isso devia ter a cabeça lavada com um balde de água benta.
Por que fazer o povo de Deus sofrer tanto? Nós já não temos problemas suficientes? Só aos domingos, por uma hora, as pessoas vêm adorar a Deus. E vocês me vêm com uma dança! Vocês são tão pobres que não tenham nada mais para trazer? Que vergonha! É como eu penso.
Alguém pode dizer “ah, mas o Papa foi ao país tal e teve dança”.
Espera um pouco: foi o Papa que planejou isso? Pobre Papa: ele vem, os outros planejam. E ele não sabe o que planejaram. Se alguém faz algo engraçado – o Papa é responsável por isso? Isso significa que a partir de agora está valendo? Eles mostraram isso pra nós na Congregação? Teríamos rejeitado! Se as pessoas querem dançar, elas sabem aonde ir."


quarta-feira, 16 de março de 2011

Exame de consciência para o sacramento da penitência

Estamos na quaresma, tempo forte no qual estamos convocados a uma verdadeira conversão e mudança de vida. Contudo é impossível falar em conversão sem falarmos do sacrameno da confissão, no qual todos os nossos pecados são verdadeiramente perdoados.
Trazemos aqui um bom método de exame de consciência visando o sacramento da penitência. Esperamos assim ajudar nossos leitores a se prepararem bem para a reconciliação com Deus e com a Igreja.

OBS: Aconselhamos aos penitentes que anotem seus pecados, pois assim o risco de esquecimento é menor na hora da acusação.

EXAME DE CONSCIÊNCIA
 
1) Contra os Mandamentos de Deus
 
1º Mandamento - Amar a Deus sobre todas as coisas
 
-  Creio firmemente tudo o que Deus revelou ou duvidei voluntariamente de algum doutrina da Igreja Católica?
-  Descuidei o conhecimento da minha fé, tal como o Catecismo a ensina, tal como o Credo dos Apóstolos, os Dez Mandamentos, os Sete Sacramentos, o Pai Nosso, etc?
-  Alguma vez li, com consciência do que fazia, alguma literatura herética, blasfema ou anti-católica?
-  Assinei, publiquei, propaguei, emprestei livros, folhetos, revistas ou jornais hostis á Deus e à santa religião?
-  Sou membro de alguma organização religiosa não católica, de alguma sociedade secreta ou de um grupo anti-católico?
-  Dei ouvido a conversas ou discursos ímpios ou heréticos?
-  Tomei parte num ato de culto não católico (sessão espírita, ao culto protestante, ao candomblé, etc.)?
-  Abandonei a única Igreja verdadeira que é a Católica para abraçar uma seita falsa?
-  Tenho confiança em Deus, na Divina Providência e na divina graça?
-  Pratiquei alguma superstição (tal como horóscopos, adivinhação, espiritismo, etc.)?
-  Desesperei ou fui presunçoso esperando a salvação sem deixar o pecado?
-  Cometi pecados com o intuito de confessá-los mais tarde?
-  Amei a Deus e cumpri bem a sua santa vontade?
-  Não tenho posto Deus sempre em primeiro lugar na minha vida e procurado amá-l’O sobre todas as coisas?
-  Falei mal contra Deus, contra sua Mãe, Maria Santíssima, contra os Santos, contra a Igreja e seus ministros?
-  Abusei os Sacramentos de alguma maneira?
-  Recebi indignamente algum sacramento?
-  Deixei de rezar por muito tempo?
-  Tenho rezado fielmente as minhas orações diárias?
-  Rezei sem devoção, com distrações voluntárias?
-  Omiti algum dever ou prática religiosa por respeitos humanos? Recomendo-me a Deus diariamente?
-  Fui culpado de grande irreverência na igreja, como, por exemplo, em conversas, comportamento ou modo como estava vestido?
-  Fui indiferente quanto à minha Fé Católica — acreditando que uma pessoa pode salvar-se em qualquer religião, ou que todas as religiões são iguais?
-  Dei demasiada importância a alguma criatura, atividade, objeto ou opinião?
 
 
 
2º Mandamento - Não tomar seu santo nome em vão
 
-  Profanei o SS. Sacramento, pessoas, lugares, coisas consagrados a Deus?
-  Blasfemei ou disse palavras injuriosas contra Deus, contra os Santos ou contra as coisas santas?
-  Jurei pelo nome de Deus falsamente, impensadamente, ou em assuntos triviais e sem importância?
-  Jurei o seu santo nome sem necessidade?
-  Jurei voto e não o cumpri?
-  Pronunciei levianamente o nome de Deus ou falsamene?
-  Deixei de cumprir uma promessa feita a Deus?
-  Tenho o hábito de dizer palavrões?
-  Jurei, sabendo que era falso o que afirmava?
-  Jurei fazer algo injusto ou ilícito? Não reparei os prejuízos que daí advieram?
-  Amaldiçoei-me a mim próprio, ou a outra pessoa ou criatura?
-  Provoquei alguém à ira, para o fazer praguejar ou blasfemar a Deus?
 
3º Mandamento - Guardar domingos e festas
 
-  Faltei voluntariamente à Missa num Domingo ou festa de guarda?
-  Perdi uma parte principal (ofertório, elevação, comunhão)?
-  Cheguei atrasado à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda, ou saí mais cedo por minha culpa?
-  Fiz com que outras pessoas faltassem à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda, ou saíssem mais cedo, ou chegassem atrasados à Missa?
-  Estive distraído propositadamente durante a Missa?
-  Profanei a igreja por conversas, olhares indiscretos, namoros, por traje indecente?
-  Fiz ou mandei fazer trabalho servil desnecessário num Domingo ou Festa de guarda?
-  Comprei ou vendi coisas sem necessidade nos Domingos e Dias Santos de guarda?
 
4º Mandamento - Honrar pai e mãe
 
- Desobedeci aos meus pais, faltei-lhes ao respeito, descuidei-me em ajudá-los nas suas necessidades?
- Desrespeitei os pais ou superiores falando-lhes asperamente ou respondendo-lhes mal?
- Murmurei contra eles?
- Recusei-lhes a obediência?
- Obedeci de má vontade?
- Descuidei-me dos pais na velhice, na pobreza ou na doença (sustento, últimos sacramentos, remédios)?
- Desejei-lhes mal?
Deixei de rezar por eles?
Mostrei irreverência em relação a pessoas em posições de autoridade?
Insultei ou disse mal de sacerdotes ou de outras pessoas consagradas a Deus?
Não me preocupei com aqueles que vivem e trabalham comigo?
Dei mau exemplo a meus filhos ou subordinados, não cumprindo os meus deveres religiosos e civis?
Tive menos reverência para com pessoas de idade?
Tratei mal a minha esposa ou os meus filhos?
Foi desobediente ao meu marido, ou faltei-lhe ao respeito?
 
Sobre os filhos:
 
      - Descuidei as suas necessidades materiais?
      -Protelei por meses ou até anos o Batismo de meus filhos, a primeira comunhão?
      - Descuidei-me da educação física, intelectual e principalmente da educação religiosa dos meus filhos?
      - Não os mandei à Missa nos domingos, ao catecismo?
      - Permiti que eles descuidassem os seus deveres religiosos?
      - Consenti que se encontrassem ou namorassem sem haver hipótese de se celebrar o matrimônio num futuro próximo? (Santo Afonso propõe um ano, no máximo).
      - Controlei suas leituras, seus divertimentos?
      - Deixei de vigiar as companhias com quem andam?
      - Deixei de os disciplinar quando necessitassem de tal?
      - Castiguei-os com ira?
      - Dei-lhes mau exemplo?
      - Escandalizei-os, discutindo com o meu cônjuge em frente deles?
      - Escandalizei-os ao dizer imprecações e obscenidades à sua frente?
      - Guardei modéstia na minha casa?
      - Permiti-lhes que usassem roupa imodesta (mini-saias; calças justas, vestidos ou camisolas justos; blusas transparentes; calções muito curtos; fatos de banho reveladores; etc.)?
      - Neguei-lhes a liberdade de casar ou seguir uma vocação religiosa?
 
5º Mandamento - Não matar
 
Procurei, desejei ou apressei a morte ou o ferimento de alguém?
- Tive ódio ao próximo? Desejei-lhe mal?
Procurei vingar-me?
Discuti ou lutei com alguém sem justiça?
Desejei mal a alguém?
Quis ferir ou maltratar alguém, ou tentei fazê-lo?
Recuso-me a falar com alguém, ou guardo ressentimento de alguém?
Regozijei-me com a desgraça alheia?
Tive ciúmes ou inveja de alguém?
- Fiz ou tentei fazer um aborto, ou aconselhei alguém a que o fizesse?
Mutilei o meu corpo desnecessariamente de alguma maneira (tatuagens, piercings, etc) ?
Consenti em pensamentos de suicídio, desejei suicidar-me ou tentar suicidar-me?
Prejudiquei minha saúde por excesso em comida e bebida?
Embriaguei-me ou usei drogas ilícitas?
Comi demais, ou não como o suficiente por motivo fútil?
Deixei de corrigir alguém dentro das normas da caridade?
Causei dano à alma de alguém, especialmente crianças, dando escândalo através de mau exemplo?
Fiz mal à minha alma, expondo-a intencionalmente e sem necessidade a tentações, como maus programas de TV, música reprovável, praias, etc.?
Não tive caridade para com os pobres, doentes e necessitados?
Seduzi outra pessoa ao pecado ou dei escândalo?
Não avisei o meu próximo sobre certos perigos materiais e espirituais em que incorria?
Roguei pragas?
Provoquei a inimizade entre outras pessoas?
Maltratei os animais sem necessidade?
 
6º e 9º Mandamentos - Não pecar contra a castidade / Não desejar a mulher do próximo
 
Neguei ao meu cônjuge os seus direitos matrimoniais?
Pratiquei o controle de natalidade (com pílulas, dispositivos, interrupção)? Aconselhei meios para este fim?
Abusei dos meus direitos matrimoniais de algum outro modo?
Faltei à fidelidade conjugal por pensamentos ou ações?
- Cometi adultério ou fornicação (sexo pré-marital)?
- Cometi algum pecado impuro contra a natureza (homosexualidade ou lesbianismo, etc.)?
- Toquei ou abracei outra pessoa de forma impura?
- Troquei beijos prolongados ou apaixonados?
- Pratiquei a troca prolongada de carícias?
- Pequei impuramente contra mim próprio (masturbação)?
Consenti em pensamentos impuros, ou tive prazer neles?
Consenti em desejos impuros para com alguém, ou desejei conscientemente ver ou fazer alguma coisa impura?
- Entreguei-me conscientemente a prazeres sexuais, completos ou incompletos? Havia alguma circunstância de parentesco, de menoridade ou de relação educativa que tornassem mais grave esta desordem?
Faltei com o pudor ou com a modéstia em meus trajes?
Fui ocasião de pecado para os outros, por usar roupa justa, reveladora ou imodesta?
Fiz alguma coisa, deliberadamente ou por descuido, que provocasse pensamentos ou desejos impuros noutra pessoa?
Li livros indecentes ou vi figuras obscenas?
Vi filmes ou programas de televisão sugestivos, ou pornografia na Internet, ou permiti que os meus filhos os vissem?
Usei linguagem indecente ou contei histórias indecentes?
Ouvi tais histórias de boa vontade?
- Gabei-me dos meus pecados, ou deleitei-me em recordar pecados antigos?
Estive com companhias indecentes?
Consenti em olhares impuros?
Deixei de controlar a minha imaginação?
- Deixei de rezei imediatamente, para afastar maus pensamentos e tentações?
- Evitei a preguiça, a gula, a ociosidade, e as ocasiões de impureza?
- Fui a bailes imodestos ou peças de teatro indecentes?
- Fiquei sozinho sem necessidade na companhia de alguém do sexo oposto?
- Mantenho amizades particulares que facilmente me levam à infidelidade e estou disposto a abandoná-las?
 
7º e 10º Mandamentos - Não furtar / Não cobiçar as coisas alheias
 
Tive vontade de roubar alguma coisa?
Furtei ou roubei alguma coisa? O quê, ou quanto?
Reparei esses prejuízos causados e restituí o que não me pertence?
Defraudei a minha família no uso dos bens?
Gastei de mais para além do que permitem as minhas possibilidades e o orçamento familiar?
Danifiquei a propriedade de outrem?
Deixei estragar, por negligência, a propriedade de outrem?
Fui negligente na guarda do dinheiro ou bens de outrem?
Enganei o meu próximo cobrando mais que o justo combinado ou favoreço a exploração comercial?
Recusei-me a pagar alguma dívida, ou descuidei-me no seu pagamento?
Adquiri alguma coisa que sabia ter sido roubada?
Lesei o meu patrão, não trabalhando como se esperava de mim, com honradez e responsabilidade?
Deixei que se produzissem graves prejuízos através do meu trabalho?
Fui desonesto com o salário dos meus empregados?
Recusei-me a ajudar alguém que precisasse urgentemente de ajuda, ou descuidei-me a fazê-lo?
Dei prejuízo ao próximo, usando de peso ou medida falsos, enganando nas mercadorias ou encomendas?
Desperdicei o dinheiro em jogo?
Tive inveja de alguém, por ter algo que eu não tenho?
Invejei os bens de alguém?
Tenho sido avarento?
Tenho sido cúpido e invejoso, dando demasiada importância aos bens e confortos materiais? O meu coração inclina-se para as posses terrenas ou para os verdadeiros tesouros do Céu?
Cumpri rigorosamente os meus deveres sociais, tais como os seguros, os impostos justos e os compromissos assumidos?
Não ajudo a Igreja com os auxílios necessários e até tirando do meu supérfluo ou dos meus maus gastos?
Não dou esmolas de acordo com a minha condição econômica?
 
8º Mandamento - Não levantar falso testemunho
 
Disse mentiras?
Minto habitualmente com a desculpa de serem coisas de pouca importância?
As minhas mentiras causaram a alguém danos materiais ou espirituais?
Fiz julgamentos temerários a respeito de alguém (isto é, acreditei firmemente, sem provas suficientes, que eram culpados de algum defeito moral ou crime)?
Atingi o bom nome de alguém, revelando faltas autênticas mas ocultas (maledicência)?
Não disse bem dos outros reparando deste modo alguma injustiça realizada ou consentida?
Caluniei?
Colaborei na calúnia e na murmuração?
Revelei os pecados de outra pessoa?
Fui culpado de fazer intrigas (isto é, de contar alguma coisa desfavorável que alguém disse de outra pessoa, para criar inimizade entre eles)?
Dei crédito ou apoio à divulgação de escândalos sobre o meu próximo?
Supus más intenções?
Jurei falso ou assinei documentos falsos?
Sou crítico ou negativo sem necessidade ou falto à caridade nas minhas conversas?
Lisonjeei outras pessoas?
Violei segredos?
Abri cartas alheias?
Fingi doenças, pobreza, piedade para enganar os outros?
Dei ouvido a conversas contra a vida alheia?
 
2) Contra os Mandamentos da Igreja
 
- Deixei de ouvir Missa inteira nos domingos e festas de guarda?
- Confessei-me ao menos uma vez ao ano?
- Comunguei ao menos pela Páscoa da Ressurreição?
- Guardei o jejum eucarístico?
- Recebi a Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal? (Este é um sacrilégio muito grave).
-  Jejuei na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa?
-  Fiz abstinência de carne nas sextas-feiras da Quaresma?
-  Paguei dízimo conforme o costume?
 
3) As obras de Misericórdia espirituais e corporais
 
Descuidei-me no cumprimento das obras seguintes, quando as circunstâncias mo pediam?
 
As sete obras de Misericórdia espirituais
1. Dar bom conselho aos que pecam.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Aconselhar os que duvidam.
4. Consolar os tristes.
5. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.
6. Perdoar as injúrias por amor de Deus.
7. Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos.
 
As sete obras de Misericórdia corporais
1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus.
4. Visitar e resgatar os cativos.
5. Dar pousada aos peregrinos.
6. Visitar os doentes.
7. Enterrar os mortos.
 
4) Os Pecados Capitais
 
Soberba: desprezar os inferiores, tratá-los com desdém; querer em tudo dominar; revoltar-se contra qualquer autoridade legítima. Virtude oposta: Humildade.
Avareza: pensar somente em ganhar dinheiro e acumular fortuna, sem nada querer gastar com os pobres, ou para fins de piedade e caridade; negar esmola, podendo dá-la. Virtude oposta: Liberalidade.
Impureza: procurar prazeres ilícitos que mancham a alma e lhe roubam a inocência. Virtude oposta: Castidade.
- Ira: ficar enraivado facilmente, deixar-se levar pelo ímpeto da cólera; impacientar-se facilmente. Virtude oposta: Paciência.
Gula: exceder-se na comida e na bebida; embriagar-se. Virtude oposta: Temperança.
Inveja: não querer que outros estejam bem; entristecer-se com o bem-estar do próximo; empregar meios para impedir, diminuir ou destruir a felicidade do próximo. Virtude oposta: Caridade.
Preguiça: perder o tempo em ociosidade; não cumprir por indolência as obrigações do trabalho ou da religião. Virtude oposta: Diligência.
 
5) Blasfêmias contra o Coração Imaculado de Maria
 
Blasfemei contra a Imaculada Conceição?
Blasfemei contra a Virgindade Perpétua de Nossa Senhora?
Blasfemei contra a Maternidade Divina de Nossa Senhora? Deixei de reconhecer a Nossa Senhora como Mãe de todos os homens?
Tentei publicamente semear nos corações das crianças indiferença ou desprezo, ou mesmo ódio, em relação à sua Mãe Imaculada?
Ultrajei-A diretamente nas Suas santas imagens?
 
6) Nove maneiras de ser cúmplice do pecado de outrem
 
- Alguma vez fiz deliberadamente com que outros pecassem?
- Alguma vez cooperei nos pecados de outrem:
1. Aconselhando?
2. Mandando?
3. Consentindo?
4. Provocando?
5. Lisonjeando?
6. Ocultando?
7. Compartilhando?
8. Silenciando?
9. Defendendo o mal feito?
 
Salmo Penitêncial para ser rezado antes da confissão: 
Salmo 50
 
Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniqüidade.
Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.
Eu reconheço a minha iniqüidade, diante de mim está sempre o meu pecado.
Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.
Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.
Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim.
Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.
Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes.
Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.
Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.
De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.
Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.
Então aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.
Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.
Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.
Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.
Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.
Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.
Então aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.